Pesquisar
Close this search box.

Formosa: Feira Agroecológica do MST leva 10 mil pessoas à praça

Entre os dias 7,8 e 9 de abril, o MST conseguiu, com extrema competência, levar à Praça Rui Barbosa, uma das principais de Formosa, mais de dez mil pessoas para comprar alimentos orgânicos, degustar comidas típicas e conhecer o artesanato produzido nos Assentamentos da Reforma Agrária.
O grande público participante teve a oportunidade de assistir a shows musicais, participar de palestras sobre educação no campo, agroecologia, feminismo e meio ambiente, e de levar pra casa mudas  de plantas medicinais e ornamentais, como, por exemplo, lindos vasos de orquídeas, algumas já floridas. 
Outras pessoas e movimentos se deslocaram de suas casas em Formosa, ou de outros locais da região, simplesmente para prestar apoio e solidariedade aos Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.  A Xapuri esteve presente durante os três dias da Feira, e participou mais diretamente da roda de prosa sobre Feminismo, no domingo pela manhã. 
A seguir, o resumo feito pelo próprio MST sobre o sucesso do encontro.
Entre barracas de roupas, artesanatos, medicinas naturais, alimentos sem veneno e comidas típicas, os seminários e rodas de conversa da 2ª etapa do I Circuito de Feiras e Mostras Culturais da Reforma Agrária do Distrito Federal e Entorno, ocorreram entre os dias 7 e 9 de abril, e promoveram a consciência dos trabalhadores e trabalhadoras da região sobre o direito à terra e à alimentação saudável.

No primeiro dia de evento, os assentados, acampados e moradores da cidade de Formosa se reuniram para assistir a palestra da professora Kelci Anne, da UNB/FUP, que teve como tema central a educação no campo. “A educação do campo é um projeto de recusa à educação que nos é imposta pela burguesia”, afirmou a professora.

Segundo Fábio, dirigente estadual do MST, “o circuito tem como principal objetivo o fortalecimento da organização e da consciência dos trabalhadores e trabalhadoras dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária. Durante a realização do evento, foram realizados diversos trabalhos de base com a população da cidade, e também foi possível construir uma nova relação com os sindicatos da região”.

Além de comercializarem seus produtos, os assentados e acampados participaram ativamente das atividades de formação e dos espaços culturais, que serviram para representar as outras dimensões da luta pela terra.

Para Reizana, assentada no PA-Barreirinho em Unaí, Minas Gerais, o evento representou um importante espaço de reunião de forças dos trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra da região. “Aqui temos companheiros e companheiras em busca de conhecimento. A feira é uma forma de mostrarmos nossos produtos e de reunirmos força junto aos companheiros e companheiras”, disse.

A agroecologia e a questão ambiental foram os temas do segundo dia de feira. Os participantes assistiram a exposição de Renata Navega, consultora da Matres Socioambiental, que apresentou um seminário sobre a construção de um novo modelo de organização de consumo, que inclua a participação das pessoas no planejamento das safras.

Para Barba, morador do assentamento Dom Tomás Balduíno, em Formosa, “a feira é importante, pois mostra que estamos produzindo alimentos saudáveis e da Reforma Agrária. É também uma forma de divulgação do nosso trabalho”.

No terceiro dia, o feminismo foi o tema do debate. Reunidas na praça da Prefeitura de Formosa, as mulheres trabalhadoras da cidade e do campo fizeram um abraço coletivo, cantaram canções representativas do movimento e realizaram uma roda de conversa com Maria Feitosa, do Coletivo de Gênero do MST/DFE sobre o empoderamento feminino e a necessidade de ocupar os espaços que lhes são negados.

Eugênia, de 19 anos, moradora de Formosa, acompanhou os três dias de evento. Para ela, a “feira foi inspiradora, serviu como aprendizado. Aqui temos a oportunidade de comer alimentos melhores, mais saudáveis. O MST está fortalecendo a cultura local”.

De acordo com Fabio, “nessa segunda etapa da Feira, realizada em uma cidade marcada pelo agronegócio, cerca de dez mil pessoas terem passado por ela é o sinal de que estamos conseguindo reforçar os laços entre o campo e a cidade.

Mais de dez toneladas de produtos da Reforma Agrária foram comercializadas, contamos com a participação de cerca de 60 assentamentos e acampamentos, de oito municípios da região do Distrito Federal e Entorno, que engloba o DF, o noroeste mineiro e o nordeste goiano. Isso significou o trabalho direto de mais de 400 produtores rurais”, comemora.

Engajada na defesa do projeto de Reforma Agrária Popular, Reizana destaca sua impressão sobre o sucesso da Feira realizada em Formosa e aproveita para fazer uma crítica contundente aos que pretendem invisibilizar a luta dos trabalhadores Sem Terra.

“O MST representa a luta do povo e a conquista pois é através dele que podemos vender nosso alimento com mais dignidade, sem sermos apagados pela mídia e pelos grandes produtores”.

ANOTE AÍ

A 3ª etapa do I Circuito de Feiras e Mostras Culturas da Reforma Agrária do Distrito Federal e Entorno será realizada na cidade de Unaí, Minas Gerais.  Mais informações sobre o Circuito de Feiras Mostras Culturais do DF e Entorno podem ser encontradas na página do Faceboo
0 0 votos
Avaliação do artigo
Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Parcerias

Ads2_parceiros_CNTE
Ads2_parceiros_Bancários
Ads2_parceiros_Sertão_Cerratense
Ads2_parceiros_Brasil_Popular
Ads2_parceiros_Entorno_Sul
Ads2_parceiros_Sinpro
Ads2_parceiros_Fenae
Ads2_parceiros_Inst.Altair
Ads2_parceiros_Fetec
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

REVISTA

REVISTA 113
REVISTA 112
REVISTA 111
REVISTA 110
REVISTA 109
REVISTA 108
REVISTA 107
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

CONTATO

logo xapuri

posts recentes