Portugal vale uma festa – sem ressaca!
“Os socialistas tiveram uma vitória importantíssima”, escreve Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia. “Mas a abstenção recorde mostra que uma parcela da população se sente abandonada.”
Por Paulo Moreira Leite/Brasil 247
Num continente assaltado por movimentos conservadores e até fascistas, a vitória dos socialistas em Portugal merece ser festejada. Num dos primeiros países a enfrentar o ajuste da Troika que domina a política economica européia desde a crise mundial de 2008, a vantagem maiúscula do PS sobre o PDS, principal partido da direita portuguesa, representa um voto claro a favor da resistência aos programas de austeridade e quebra de direitos.
Os portugueses também enviaram um sinal importante ao PS, porém. Na maior abstenção da história do país, de cada 100 eleitores, 45 simplesmente se recusaram a comparecer às urnas. Em resumo: se o PS conseguiu uma vitória indiscutível, com 36,6% dos votos, não foi capaz de receber o apoio da maioria absoluta dos eleitores. Na pura matemática, a principal opção eleitoral dos portugueses e portuguesas, ontem, foi a abstenção. Esse fato ilustra um resultado eleitoral com mais nuances do que se pode imaginar.
Os portugueses também enviaram um sinal importante ao PS, porém. Na maior abstenção da história do país, de cada 100 eleitores, 45 simplesmente se recusaram a comparecer às urnas. Em resumo: se o PS conseguiu uma vitória indiscutível, com 36,6% dos votos, não foi capaz de receber o apoio da maioria absoluta dos eleitores. Na pura matemática, a principal opção eleitoral dos portugueses e portuguesas, ontem, foi a abstenção. Esse fato ilustra um resultado eleitoral com mais nuances do que se pode imaginar.