Dilma: “Bolsonaro não tem o chip da moderação; ele é tosco e misógino”
A ex-presidente explicou as razões do seu impeachment e os fatores que possibilitaram a eleição de Bolsonaro. “O golpe de 2016, a prisão do Lula e a destruição dos partidos de centro e de direita. Tudo isso com o apoio da mídia, das Forças Armadas, do mercado e de setores políticos, que achavam que seria possível controlá-lo”, disse.
De acordo com Dilma, Bolsonaro é um neofascista. “Ele é neo porque ele não é nacionalista, ele bate continência para os Estados Unidos”, afirmou. “Quando o neofascismo se junta com o neoliberalismo, é fundamental que o aspecto democrático seja ressaltado, porque é ele que cria a contradição. Porque eles [ela se refere aos apoiadores de Bolsonaro] passam a ter incômodo com o fato de ele ser tosco, com o fato de ele ser misógino”.
Em 2016, Dilma sofreu um impechment arquitetado pelo MDB, que tinha Michel Temer como vice dela, e pelo PSDB. Ela foi acusada de ter cometido as chamdas “pedaladas fiscais”, mas foi inocentada tanto pelo Minstério Público Federal (MPFDFT) como por uma perícia do Senado.
O “pano de fundo” do seu impeachment foi o anúncio da exploração comercial do pré-sal durante o governo Lula. Por consequência, os Estados Unidos iniciaram interferências por meio de articulações com setores jurídicos e políticos para desgastar o PT e fazer chegar ao poder a agenda ultraneoliberal convergente com os interesses norte-americanos.



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