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Cerrado – Berço Das Águas,  Celeiro Da Vida

Cerrado – Berço Das Águas,  Celeiro Da Vida

O bioma Cerrado é riquíssimo e considerado a savana brasileira com a maior biodiversidade do planeta Terra. Centenas de espécies de aves, mamíferos, insetos; mais de 300 espécies de abelhas, répteis e outros animais da fauna cerratense. O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro. Ocupa 1\4 do território, atrás somente da Amazônia. Está presente em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal, ocupando praticamente toda a Região Centro-Oeste, parte do Nordeste e do Sudeste, e conecta-se com quatro outros biomas: Caatinga, Amazônia, Mata Atlântica e o Pantanal.

Considerado o Berço das Águas, o Cerrado torna-se portanto o celeiro da vida. É nele que estão localizados os três mais importantes aquíferos brasileiros: Guarani, Urucuia e Bambuí, abrigando nascentes das principais bacias hidrográficas brasileiras. Em se tratando de água doce no planeta Terra, o Cerrado tem um papel fundamental na manutenção do abastecimento e da qualidade da água. As pesquisas sobre este importante bioma podem ser feitas no ECOmuseu do Cerrado e estão disponíveis em várias universidades brasileiras, bem como em excelentes materiais produzidos pela Campanha Nacional em Defesa do Cerrado e em outros movimentos socioambientais.

Devido à importância do Cerrado, torna-se urgente uma atenção especial e medidas preventivas para as ameaças de destruição que estão ocorrendo neste bioma. Mais de 50% da vegetação nativa já foi desmatada e substituída por monoculturas de soja e criação de gado. Em se tratando de agrotóxicos, mais de 600 milhões de litros de venenos estão sendo jogados a cada ano nas áreas do Cerrado. Pesquisas da Universidade Federal do Mato Grosso comprovam que os impactos sobre a saúde humana e a biodiversidade já são percebidos, inclusive devido à utilização de agrotóxicos proibidos no Brasil.

Evidencia-se, portanto, a necessidade de denunciar o desmatamento predatório e as queimadas criminosas. Todos os anos no Cerrado acontecem inúmeras queimadas neste período de seca. Na maior parte das vezes, pela ação destruidora do agronegócio. O objetivo é forçar os pequenos agricultores, comunidades tradicionais, povos originários, indígenas, quilombolas e ribeirinhos a deixarem suas terras para que estas sejam apropriadas, muitas vezes griladas, pelos latifundiários, que utilizarão os espaços para plantação de monocultura de soja, criação de gado e exploração da mineração.

Diante deste cenário, faz-se necessário que todos nós, principalmente por vivermos neste bioma, nos tornemos também membros desta luta, juntamente com os povos originários e os movimentos sociais existentes. Não basta admirar as belezas de um ipê amarelo, rosa, roxo ou branco; saborear o pequi, o picolé de frutos do cerrado. É preciso que tenhamos ações coletivas.

*Por Iolanda Rocha – ambientalista e professora da Educação do Campo na Rede de Pública do Distrito Federal

 

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