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Universidades do Nordeste investem em sustentabilidade

Universidades do Nordeste investem em sustentabilidade

Projetos para utilização de energia limpa, incentivo ao consumo consciente de água e energia elétrica estão entre as ações das instituições

 

Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), Nossa Ciência mostra algumas iniciativas de instituições nordestinas para tornar eficiente a utilização da energia elétrica, reduzir ainda mais o consumo ou desperdício de água e promover o desenvolvimento sustentável na Universidade e na sociedade, na perspectiva de um ambiente saudável e ecologicamente equilibrado. Os projetos serão apresentados numa série especial ao longo dessa semana. Acompanhe.

O investimento em energia solar fotovoltaica foi a opção da Universidades Federal de Alagoas (UFAL) que finaliza seu projeto para a construção de uma miniusina solar. Conheça a experiência da UFAL:

Miniusina Solar Fotovoltaica

Nesse mês de junho, a UFAL inicia a etapa do processo licitatório para a construção da Miniusina Solar Fotovoltaica no Campus A. C. Simões, visando a redução dos gastos com energia elétrica. Além da geração de energia, o projeto pretende melhorar a eficiência energética, oportunizando aos usuários conhecimentos sobre o consumo consciente na instituição.

A miniusina, prevista para entrar em funcionamento até o final do primeiro semestre de 2019, também se constituirá num espaço de desenvolvimento de estudos científicos para pesquisadores e alunos da graduação e pós-graduação na área de cogeração solar fotovoltaica. Um dos beneficiados será o curso de Engenharia de Energias Renováveis, que pertence ao Centro de Ciências Agrárias (Ceca) e formará a primeira turma ano que vem.

Das 27 propostas submetidas em abril do ano passado ao Edital da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nas áreas de Eficiência Energética e Minigeração, destinado à todas as universidades públicas de ensino superior do país, houve a aprovação de 22 propostas. A UFAL se inclui nas 11 aprovadas sem restrições, que se sobressaiu como o quarto melhor projeto de pesquisa e desenvolvimento e proporcionará a implantação de uma das maiores miniusinas solares fotovoltaicas do Estado, dotada de 150 KWp (quilowatts picos) para a geração de energia.

Os projetos básicos, necessários para o início do processo licitatório, em fase de finalização, são o arquitetônico; os elétricos de alta e baixa tensão; o hidrossanitário e de drenagem de águas pluviais; de estruturas e de fundações; projeto de terraplanagem; luminotécnico; de climatização; e o projeto de canteiro de obras. Ainda constam o Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e o Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Nesta etapa, estão contemplados também o orçamento e o cronograma físico e financeiro da obra

Miniusina da Ufal terá 578 painéis solares e será instalada na entrada do campus A.C. Simões. (Imagem: Divulgação).

 

Prioridade da Gestão

O investimento em Energias Renováveis é uma das prioridades desde o início da gestão. No primeiro trimestre de 2016 foi formado um Grupo de Trabalho de Energias, inicialmente coordenado pelo professor André Aquino, com o objetivo de propor medidas para a melhoria da eficiência energética da UFAL e também dos setores produtivos do Estado.

No mesmo semestre, o edital de eficiência energética foi divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante uma reunião da Andifes, que reúne os dirigentes das universidades. “Abraçamos a proposta pela importância de criar alternativas energéticas em tempos de esgotamento de fontes de energia no mundo. Os pesquisadores da UFAL imediatamente assumiram a tarefa de construir e executar esse projeto com muita competência”, destacou a reitora Valéria Correia.

Foram várias reuniões com a Eletrobras em que a reitora buscou, com a equipe do GT Energias, encaminhar a execução desse projeto fundamental para a Universidade. Mesmo diante das mudanças de gestão na empresa energética, a reitora obteve a garantia de continuidade do projeto. “É uma inovação que vai garantir economia de energia e sustentabilidade”, destacou a reitora Valéria Correia.

Equipe e parceria

O projeto de pesquisa da miniusina está orçado em R$ 1,16 milhão e conta com a participação de uma equipe sob a liderança do professor Márcio André Araújo Cavalcante, coordenador do curso de Engenharia de Energias Renováveis e também pesquisador do Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV) da UFAL.

O projeto envolve mais seis pesquisadores, entre doutores e mestres, dois alunos de mestrado e sete alunos de graduação oriundos de três cursos de engenharia e suas respectivas unidades acadêmicas: Engenharia Civil, do Centro de Tecnologia (Ctec); Engenharia da Computação, do Instituto de Computação (IC) e Engenharia de Energias Renováveis, do Centro de Ciências Agrárias (Ceca).

A ação institucional tem a parceria da Eletrobras Distribuição Alagoas (Eletrobras/AL) e a etapa do processo licitatório, conforme cronograma, deve transcorrer até o mês de outubro. “Possivelmente o início da obra ocorrerá entre os meses de novembro e dezembro deste ano e no final do primeiro semestre de 2019 deverá estar concluída”, afirmou Márcio Cavalcante.

Ao reforçar a importância da miniusina solar para a UFAL, o professor enfatiza que ela trará uma economia significativa com energia. “Considerando os 20 anos de vida útil dos 578 painéis solares fotovoltaicos, que têm a finalidade de absorver a energia da radiação solar, a economia de energia no Campus A. C. Simões nessas duas décadas pode chegar a R$ 2 milhões”, frisa.

Estímulo e investimento

A Miniusina Solar Fotovoltaica da UFAL ficará ao lado do Fórum Universitário, localizado logo na entrada do Campus A. C. Simões, e ocupará uma área de três mil metros quadrados. Terá três ambientes com os seguintes espaços: Sala de controle/reuniões; Eletrocentro (onde serão instalados os inversores – equipamentos que transformam a corrente contínua proveniente dos painéis em corrente alternativa a ser inserida na rede); Almoxarifado; e a cobertura, onde ficará a Estação Meteorológica.

Sobre a escolha do local de instalação, logo na entrada do campus da capital, Márcio disse que teve como principal critério a sua visibilidade, para aqueles que transitam diariamente por aquela área. “Um dos objetivos do Edital da Aneel é popularizar ações de eficiência energética e o emprego de fontes renováveis em sistemas de cogeração de energia. No projeto os atores vão atuar para que todas as escolhas tecnológicas sejam as melhores possíveis. A meta é tornar a Miniusina Solar Fotovoltaica da UFAL uma referência”, explica o coordenador.

Márcio enfatiza que o debate visando o estímulo aos investimentos na área de geração de energia a partir de fontes renováveis, a exemplo do sol e do vento, tem o objetivo de diminuir a emissão de dióxido de carbono, responsável pelas recentes mudanças climáticas. No Brasil, por ter um alto nível de insolação, a discussão vem se ampliando para a geração de energia solar. Neste contexto, destaca-se o Nordeste, por ser a região que apresenta a maior insolação do país. “O objetivo também é reduzir custos, promovendo a substituição das termoelétricas por parques solares e eólicos, uma vez que as termoelétricas utilizam combustíveis fósseis e geram uma energia de alto custo, provocando o aumento das tarifas de energia elétrica”, reforçou.

De acordo com a Eletrobras Alagoas, 101 unidades consumidoras no Estado já fazem uso de geração de energia solar fotovoltaica, totalizando 1,3 MW (megawatts) de potência instalada, apresentando a maior delas uma potência de 160 kWp, instalada na empresa Alagoas Vidros, em setembro de 2017.

Recentemente, o professor Márcio Cavalcante foi empossado, junto com o professor Wellinsílvio Costa dos Santos, do Centro de Tecnologia (Ctec), como representantes da Universidade Federal de Alagoas no Comitê Estadual de Políticas Energéticas (Cepe). O Conselho tem como finalidade fomentar decisões da Secretaria de Desenvolvimento e Turismo do Estado na área de políticas energéticas.

 

UFRN cria e aprova sua política ambiental que terá conselho gestor com representantes de órgãos ambientais externos de nível estadual e federal

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) avançou mais um passo com a criação da Política Ambiental da instituição de ensino. Conheça a iniciativa:

UFRN aprova Política Ambiental

Com base na Política Nacional do Meio Ambiente, que incentiva “a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida”, para assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, a Política Ambiental da UFRN traz um conjunto de princípios e diretrizes que visam implantar ou regulamentar ações institucionais com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável na Universidade e na sociedade, na perspectiva de um ambiente saudável e ecologicamente equilibrado.

A discussão sobre a criação da Política teve início há um ano em um seminário de meio ambiente, quando foi formada uma comissão composta pela comunidade acadêmica, com o intuito de elaborar uma minuta ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), conta a pró-reitora de Extensão e relatora da proposta, Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes.

Aprovado pelo Consepe, no dia 10 de abril, o documento traz como princípios norteadores o desenvolvimento sustentável, participação democrática e inclusiva; transparência no acesso à informação; cooperação mútua com a comunidade interna e externa; integração de saberes no planejamento e na gestão das suas ações; respeito às especificidades e estímulo ao desenvolvimento socioambiental local; e valorização do conhecimento produzido na UFRN.

Entendendo que o meio ambiente é patrimônio público a ser assegurado e protegido para o uso coletivo, na opinião da relatora da proposição, “com a política, estamos dizendo que queremos contribuir com a resolução dos problemas ambientais do presente e do futuro, por meio do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão”.

A pró-reitora de Extensão Maria de Fátima Ximenes foi a relatora da proposta. (Foto: Cícero Oliveira)

 

Desenvolvimento sustentável

A resolução da Universidade vem cumprir ainda proposições da Organização Nações Unidas (ONU), como a Agenda 2030 – “plano de ação para pessoas, para o planeta e para a prosperidade”- e a implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), trazendo estímulo à criação de estratégias de uso e gestão do território de forma sustentável, priorizando a recuperação de áreas degradadas, a conservação de ecossistemas e da biodiversidade; aos modos sustentáveis de transporte dentro dos campi da UFRN; à melhoria da qualidade de vida no trabalho, segurança e saúde ocupacionais; à alimentação saudável; à valorização da diversidade cultural, de gênero e de opiniões como vetores do desenvolvimento acadêmico sustentável; entre outros objetivos.

Após a publicação do documento, o próximo passo é formar um Conselho Gestor da Política Ambiental, constituído pela Gestão Central da instituição. O grupo terá natureza avaliativa, consultiva e deliberativa e será composta pela Diretoria de Meio Ambiente (DMA), representantes das Pró-Reitorias, dos Centros, Unidades Acadêmicas, alunos e de órgãos ambientais externos de nível estadual e federal.

De toda forma, quaisquer unidades, órgãos ou servidores da UFRN podem propor programas institucionais de gestão ambiental cuja implementação estará condicionada à avaliação e aprovação do Conselho Gestor da Política Ambiental. A resolução foi publicada na íntegra no Boletim de Serviço, no Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos (SIPAC), no dia 12 de abril.

Estação de Tratamento de Efluentes da UFRN. (Foto: Cícero Oliveira)

 

Ações anteriores à Política

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRN aponta a implantação de ações sustentáveis e a Diretoria de Meio Ambiente (DMA), o setor responsável pelo gerenciamento dos recursos produzidos na Universidade vinculado à Superintendência de Infraestrutura (SIN), já desenvolve atividades nessa perspectiva, como o cuidado com os resíduos, tratamento de esgoto, reuso da água para irrigação, arborização e paisagismo do campus, controle de vetores e zoonoses (dengue e felino), monitoramento da qualidade da água, estudos ambientais das obras executadas, compostagem, além de ações educativas, a exemplo das capacitações e treinamentos para a comunidade acadêmica e campanhas de sensibilização para a diminuição de uso de papel e de copo descartável.

Segundo o diretor de Meio Ambiente da UFRN, Herberte Hálamo, a Diretoria participou da construção da Política Ambiental e acredita que o documento vai facilitar a articulação entre os diversos setores da instituição. “É um avanço na integração da área acadêmica com a administrativa, que vai proporcionar a análise de projetos pedagógicos com base na sustentabilidade”, avalia o gestor.

 

Sistema de redução de consumo d’água na Universidade Federal de Campina Grande gerou economia de R$ 1 milhão

Desde que foi implantado em 2014, no campus sede da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o Projeto de Reestruturação do Sistema de Abastecimento de Água da Prefeitura Universitária já gerou uma economia de R$ 1 milhão aos cofres da instituição. Conheça o projeto da UFCG.

Projeto de Reestruturação do Sistema de Abastecimento de Água

Na implantação do projeto foi investido cerca de R$ 1,5 milhão, em ações como a construção de novos reservatórios de com válvulas de baixo consumo. Além dessas ações infraestruturantes, foram confeccionadas placas alertando para o uso racional da água.

Segundo dados levantados pela equipe água e recuperação dos já existentes, execução de uma nova rede de abastecimento, instalação de hidrômetros em cada prédio do campus e a substituição dos vasos sanitários e torneiras por modelos da PU, no primeiro ano de instalação do sistema houve uma redução de 50% do consumo de água – 2015 comparando-se com 2014. Já comparando 2017 com 2014, a redução chegou a 70% do consumo.

“Com esses dados, confirmamos nossa expectativa de ter o retorno do investimento em quatro anos e continuamos com nossa política constantes de ações para sanar vazamentos, substituição de aparelhos por outros mais modernos e eficientes, consolidando cada dia mais o sistema implantado”, afirma o engenheiro civil, Antônio Leomar, idealizador do projeto que é fruto da sua dissertação de mestrado em Engenharia Civil.

Sistema de monitoramento remoto

Atualmente, a medição do consumo de água para monitoramento é feita manualmente uma vez por semana. Um novo sistema está sendo desenvolvido pela equipe da Prefeitura juntamente com professores e estudantes dos cursos de Engenharia Civil e Ciência da Computação para realizar o monitoramento remotamente. A expectativa é que o protótipo seja finalizado em maio e esteja em pleno funcionamento no segundo semestre.

“Com o sistema automático nós teremos uma atualização diária e conseguiremos sanar com mais rapidez os vazamentos, avaliar consumos anormais – tanto para mais quanto para menos – e reduzir ainda mais o consumo ou desperdício d’água dentro do campus”, avalia Leomar.

A comunidade acadêmica também pode contribuir informando sobre vazamentos ou falta d’água através do telefone (83) 2101.1561.

Logo após a finalização desse projeto, a Prefeitura Universitária vai viabilizar estudos para implantação do sistema nos campi fora de sede da UFCG.

 

Universidade Federal do Ceará cria Grupo de Trabalho sobre energia fotovoltaica para implantação de uma nova usina solar

A Universidade Federal do Ceará (UFC) criou um Grupo de Trabalho sobre Energia Fotovoltaica da instituição UFC com o objetivo de elaborar pareceres técnicos para a implantação de uma nova usina solar fotovoltaica na Fazenda Experimental Vale do Curu, no município de Pentecoste (CE). Conheça o projeto.

 

Grupo de Trabalho tratará da instalação de usina solar fotovoltaica da UFC

Em maio, o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Prof. Henry de Holanda Campos, presidiu a reunião de instalação do Grupo de Trabalho sobre Energia Fotovoltaica da UFC. Um dos objetivos do grupo recém-formado é elaborar pareceres técnicos para a implantação de uma nova usina solar fotovoltaica na Fazenda Experimental Vale do Curu, no município de Pentecoste (CE).

No encontro, estiveram presentes membros da administração superior, diretores de unidades acadêmicas, docentes e pesquisadores de áreas das engenharias e de geração de energias renováveis.

A fazenda, administrada pelo Centro de Ciências Agrárias (CCA), receberá um parque fotovoltaico com capacidade de produzir anualmente 23 megawatts de energia elétrica por meio de placas solares. Estudos iniciais apontam potencial de geração de 92 watts por metro quadrado de energia conforme o terreno da propriedade, o dobro da média verificada em plantas solares na região Nordeste.

O projeto, interdisciplinar e pioneiro no fomento a fontes de energia limpa no semiárido, reúne também pesquisadores do Centro de Tecnologia (CT) e do Centro de Ciências (CC).

Na reunião, ao lado do reitor Henry Campos, pesquisadores de áreas das engenharias e de geração de energias renováveis (Foto: Ribamar Neto/UFC).

 

Ensino, pesquisa e extensão

A iniciativa abrirá diversas possibilidades para as ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas na UFC, além de novos acordos de cooperação internacional com universidades e centros de pesquisa no exterior.

A energia gerada pelo parque fotovoltaico da Fazenda Vale do Curu será direcionada à rede elétrica convencional e terá mecanismos de compensação, o que deverá reduzir os custos da Universidade com energia elétrica e poderá atrair investimentos em ciência e tecnologia. “Esse será um projeto grande, à altura do que a Universidade merece”, resumiu o reitor Henry Campos.

Participaram da reunião a Profª Sônia Maria Pinheiro de Oliveira, diretora do Centro de Ciências Agrárias e presidente do GT de Energia Fotovoltaica da UFC; o Prof. Almir Bittencourt, pró-reitor de Planejamento e Administração; o Prof. Augusto Albuquerque, pró-reitor adjunto de Planejamento e Administração; o Prof. Paulo Carvalho, do Departamento de Engenharia Elétrica; o Prof. Ênio Pontes de Deus, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais; o Prof. Thales Viana, do Departamento de Engenharia Agrícola; o Prof. Rafael Zambelli, do Departamento de Engenharia de Alimentos; e o advogado e consultor jurídico Carlos Marques.

 

UFPB desenvolve sensor inteligente para reduzir consumo de energia elétrica

Encerrando a série especial apresentada ao longo dessa semana o projeto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que está desenvolvendo um sensor inteligente para gerenciar e reduzir o consumo de energia elétrica. Conheça a iniciativa.

Sensor inteligente para reduzir consumo de energia elétrica

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está desenvolvendo um sensor inteligente, de alto desempenho e de baixo custo, para gerenciar e reduzir o consumo de energia elétrica. O projeto é fruto de parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e coordenado pela organização alemã Fraunhofer-Gesellschaft, que mantém 72 institutos de pesquisa no continente europeu e inclui unidades no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e em Singapura, no Sudeste Asiático.

O projeto local, denominado de “ScikePB”, tem o objetivo de tornar eficiente a utilização da energia elétrica nas universidades federais do Estado, considerando o orçamento anual fixo das instituições, o elevado custo da energia elétrica, a falta de informações sobre o consumo nos campi e a ausência de dados confiáveis para a tomada de decisões, sobretudo, para a aquisição de fontes paralelas e sustentáveis.

Para isso, serão instalados sensores de medição de parâmetros elétricos nos prédios dos campi da UFPB e da UFCG, que alimentarão um banco de dados com informações sobre o consumo e com instruções de procedimentos para corrigir eventuais falhas. Esse sistema é automático e a análise e a interpretação dos dados serão realizadas através de Inteligência Artificial.

 

Estratégia de instalação

De acordo com o professor Joelson Nogueira de Carvalho, do Departamento de Ciências Exatas (DCX) da UFPB, que coordena o projeto no âmbito da instituição, a primeira etapa, que tinha o objetivo de construir os sensores, acabou de ser concluída. Já existem unidades operacionais no campus IV (Litoral Norte) da UFPB, nas cidades de Mamanguape e Rio Tinto, e no campus de Campina Grande da UFCG. Na segunda etapa, iniciada agora e com previsão de conclusão em outubro, serão definidos os procedimentos de análise dos dados.

“Nosso objetivo imediato é iniciar a construção dos sensores em larga escala e definir uma estratégia para instalação dos equipamentos em todos os campi da UFPB. Acabamos de receber o aval da reitoria para prosseguir com o projeto e adquirir os componentes necessários para a construção dos dispositivos”, contou o docente, após reunião com a reitora Margareth Diniz, na manhã do dia 7 de maio.

Para financiar as ações, o governo da Alemanha subsidia empresas desenvolvedoras no Brasil, no montante que os parceiros estrangeiros contribuem para o projeto. “Se a UFPB investe R$ 100 mil através de recursos diversos, como resposta, o governo alemão disponibiliza quantia equivalente ao parceiro”, explica Carvalho.

Acordo de cooperação

A UFPB foi convocada para integrar o projeto no final do ano passado, pelo professor da UFCG Edmar Candeia Gurjão, coordenador da iniciativa na Paraíba, e foram assinados, logo seguida, o Termo de Compromisso e o Acordo de Cooperação. Desde então, já houve várias reuniões de trabalho tanto no Brasil quanto na Alemanha.

Segundo Joelson Carvalho, dados da primeira unidade instalada no campus IV da UFPB já podem ser acessados em qualquer parte do mundo, por aqueles que possuem acesso ao sistema, inclusive por meio de smartphones. A página oficial do projeto, disponível nas línguas inglesa e alemã, foi desenvolvida por alunos do DCX. A equipe do Scike/UFPB é composta por professores e estudantes de graduação e pós-graduação das áreas de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação, além de engenheiros e técnicos do Grupo de Manutenção e Unidade de Tecnologia da Informação (TI).

Convites

Com o intuito de estreitar ainda mais as relações entre os dois países, será realizado, em junho, o Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2018. A equipe da UFPB que trabalha no projeto “ScikePB” foi convidada para participar do evento.

“Não foi possível ainda confirmar nossa ida. Mas Thomas Jeswein, integrante da Fraunhofer, nos informou sobre a possibilidade de exibir nosso trabalho. Possivelmente, será em um painel, apresentado por membro da equipe da UFCG”, afirmou Carvalho.

A UFPB também foi convidada para integrar reunião técnica na Alemanha, no início do mês de agosto, sobre recursos energéticos. A delegação dos germânicos deverá retornar ao Brasil, com o mesmo intento, antes do final deste ano.

Fraunhofer

A Fraunhofer é a principal organização de pesquisa aplicada na Europa. Suas atividades são conduzidas por 72 institutos e unidades de pesquisa. Sua equipe é formada por mais de 25 mil funcionários que trabalham com um orçamento anual de 2,3 bilhões de euros. Desse total, quase 2 bilhões são gerados por meio de pesquisa contratual.

Cerca de 70% da receita de pesquisa contratual da Fraunhofer é derivada de contratos com indústrias e de projetos de pesquisa financiados pelo setor público. Colaborações internacionais com parceiros de pesquisa e empresas inovadoras em todo o mundo garantem o acesso direto às regiões de maior importância para o progresso científico e para o desenvolvimento econômico.

Fonte: Nossa Ciência

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