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Como nasceu o Kilombo Mesquita

Como nasceu o Kilombo Mesquita – A origem do Kilombo Mesquita [localizado na Cidade Ocidental, Goiás] parece estar ligada diretamente ao surgimento de Luziânia, fundada em 1746 por Antônio Bueno de Azevedo. Na tropa desse bandeirante havia um parente seu chamado José Correa de Mesquita, o seu capitão-mor, que tudo indica ter sido o proprietário das terras que atualmente guardam o seu nome.

Com a vinda da crise na exploração de ouro (1775), muitas famílias pioneiras abandonaram Luziânia e, entre elas, possivelmente, estava a família Mesquita, que findou por destinar suas terras a três escravizadas. Segundo estudos recentes, essas seriam: Maria Abadia, Martinha Pereira Braga e Maria Pereira Dutra.

Com o passar do tempo a comunidade foi adquirindo os aspectos de um verdadeiro arraial, ao mesmo tempo em que recebida diversas variantes do nome “Mesquita”, tais como, Fazenda Mesquita, Sítio do Mesquita, Tapera do Mesquita, Arraial dos Pretos, Arraial dos Crioulos, Crioulos, etc.

As terras, nos primeiros períodos, eram concebidas em caráter mais ou menos coletivo. Todavia, esse formato foi alterado com a tramitação de um processo de inventário, iniciado em 1943 e concluído em 1957. Fato que parece ter gerado algumas fraturas no relacionamento entre os quilombolas.

Alguns fatores externos também interferiram na vida dos Mesquita, por exemplo, a construção de Brasília (inaugurada em 1960) e a de Cidade Ocidental (1976). Esses dois acontecimentos impactaram diretamente a realidade do Kilombo, positiva e negativamente. O fator positivo foi a criação de oportunidade de empregos e de comercialização de seus produtos. Já como elementos negativos encontram-se a constante sedução de empresários em geral, de imobiliárias, construtoras, mineradoras e outros ramos de empreendimentos que têm buscado convencer ostensivamente os quilombolas a se desfazerem de suas terras.

O branco quando percebeu a riqueza e as potencialidades do local, foi buscando obter a confiança da comunidade, semelhantemente aos tempos idos da chegada da corte portuguesa ao Brasil, quando o poder era imposto utilizando-se de sedução financeira, ameaça e/ou semeando a discórdia em meio à população local.

Foto: blogmorroazul.com.br

Kilombo Mesquita – Histórico. Excerto do livro “A Verdade sobre a Escravidão Negra no Distrito Federal e Entorno”. Sindicato dos Bancários – 2017


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Réquiem para o Cerrado – O Simbólico e o Real na Terra das Plantas Tortas

Uma linda e singela história do Cerrado. Em comovente narrativa, o professor Altair Sales nos leva à vida simples e feliz  no “jardim das plantas tortas” de um pacato  povoado  cerratense, interrompida pela devastação do Cerrado nesses tempos cruéis que nos toca viver nos dias de hoje. 

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