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O terrível Lobisomem

O terrível Lobisomem

Do Centro Oeste em Evidência

Segundo a Lenda, o Lobisomem é um ser que seria resultado de uma Reza poderosa feita numa noite de sexta feira ,de preferência de Lua Cheia num estábulo ou cocheira de burro ou cavalo, no qual a pessoa rola no local como se fosse o animal ,dizendo a reza e é feita como pacto com entidades malignas.

Em algumas Regiões a transformação em Lobisomem acontece numa noite de sexta-feira sempre meia noite numa encruzilhada , onde repetindo os atos de um cavalo rolando no chão,a pessoa transforma-se.

O Lobisomem seria a fusão do lobo com o homem. Muitas histórias são contadas sobre este ser. No Brasil é comum em todos os Estados, principalmente nas localidades da Zona Rural,onde é muito comum as pessoas afirmarem que já o viram, que também passa a ser um mistério para quem vê e quem ouve a história. E segundo a grande maioria das pessoas que relatam encontros ocasionais com estas criaturas afirmam o seguinte:

1. O Lobisomem é assim chamado por ser uma “mistura” de um lobo com um homem. Possui todo seu corpo parecido com um lobo: coberto por pelos, unhas grandes, focinho, dentes grandes e rabo, porém a estatura é de um homem.

2. Anda sobre quatro patas(como um lobo, e até uiva), e chega a equilibrar-se sobre duas patas assemelhando-se a postura de um homem.

3. Ataca quem encontrar no caminho, muito difícil escapar dele pois é muito veloz.

4. Muito valente,consegue desarmar uma pessoa com um facão, pedaço de porrete ou algo grande que possa ser utilizado contra ele. Porém devido as suas unhas grandes torna-se inofensivo perante armas brancas muito pequenas (facas,punhais,canivetes), pois não consegue pegá-la.

5. O Lobisomem seria o sétimo filho homem de um casal (sete é um número considerado por muitos como um número de azar), ou uma pessoa muito esquisita, com costumes estranhos, características peculiares( uma pessoa que apresente características como barba muito grossa, muito cabelo no corpo, sobrancelhas que se juntam , dentes grandes e etc.)

6. Para matar um Lobisomem as pessoas acreditam que qualquer arma é capaz do feito, entretanto uma norma deve ser seguida, se a pessoa quiser que o Lobisomem morra com a aparência de Lobisomem, deve dizer após a sua morte que matou um bicho, mais se quiser saber a verdadeira identidade do Lobisomem, deve dizer que matou um homem.

 

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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