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 Assim funcionava o Zyklon B nos campos de concentração nazistas

 Assim funcionava o Zyklon B nos campos de concentração nazistas

Zyklon B era o nome comercial de um pesticida à base de cianeto inventado na Alemanha no início de 1920, surgiu como a ferramenta preferida de assassinato em massa da Alemanha nazista em 1942 para uso em campos de extermínio durante o Holocausto. Cerca de um milhão de pessoas foram mortas utilizando este método, principalmente em Auschwitz. Para se ter uma ideia do poder de destruição, em um ser humano pesando 68 kg, a morte ocorria dentro de dois minutos da inalação de 70 miligramas do gás.

O extermínio por inalação de gás tóxico é uma marca do nazismo. A rapidez e eficácia do método foram importantes para a sua implementação nos campos de concentração. E quando os alemães foram julgados pelos crimes cometidos contra a humanidade, o Dr. Sven Anders, médico forense da Universidade de Hamburgo-Eppendorf, contou detalhadamente os efeitos do atroz Zyklon-B, um gás letal criado pelos alemães para acabar com a vida de milhões de presos nos campos de concentração.

Antes de chegar às câmaras de extermínio, o Zyklon-B foi concebido originalmente como pesticida. Hitler, com um plano genocida que requeria matanças inconcebivelmente numerosas em um espaço mínimo de tempo, procurou avançar sobre novas formas de extermínio maciço, mais rápidas e eficientes.

Em setembro de 1941, no campo de Auschwitz, foram iniciados os primeiros testes com o Zyklon-B, contra 600 prisioneiros de guerra soviéticos e 250 doentes. Ao entrar em contato com o ar, os grânulos do Zyklon-B se transformavam em um gás mortal. Rapidamente, foi demonstrado que se tratava de um método mais eficiente, e por isso ele foi escolhido para ser o agente dos massacres em Auschwitz e outros campos.

De acordo com o Dr. Sven Anders, a inalação do gás gerava uma dor extrema e convulsões violentas, que atacavam o cérebro e produziam um ataque cardíaco em questão de segundos. Nas palavras do médico, o gás, mais leve que o ar, “penetrava nos pulmões por meio da inalação e bloqueava a respiração celular”. O coração e o cérebro eram os primeiros afetados. “Os sintomas começavam com uma sensação se queimação no peito similar à que causa a dor espasmódica e à que ocorre durante os ataques de epilepsia. A morte por parada cardíaca acontecia em questão de segundos. Era um dos venenos de ação mais rápida”, acrescenta o doutor.

Outro fator importante na hora de morrer por inalação de Zyklon-B era a altura da vítima. Por ser um gás mais leve que o ar, ele se acumulava nos espaços superiores da câmara de gás, matando primeiro os adultos. As crianças, por sua vez, morriam minutos depois de ter visto morrerem seus entes queridos, sofrendo ainda mais que eles.

Fontes:

Imagens & História 2.0

https://seuhistory.com/noticias/assim-funcionava-o-zyklon-b-o-gas-usado-por-nazistas-em-auschwitz

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

 

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