E eu me fiz mulher
Por João de Deus
E eu me fiz mulher
De cabelo longo ou curto e lindo
Olhos, nariz, boca e rosto de mulher.
Com curvas, dobras e suaves depressões
Sou cavada por dentro, uma oficina de seres humanos.
Tenho sangue
Que irriga o meu corpo
E transmite a vida
A todos os seres vivos do mundo.
Comigo, nasceram as ideias, os sonhos, a pulsão,
O instinto, o princípio do prazer.
Tão suave criação
A martelada de sopros
E perfurações de amor,
As mil e uma coisas que me fazem mulher todos os dias,
Pelas quais me levanto orgulhosa todas as manhãs,
E bendigo o meu sexo não para me sobrepor, mas para me completar.
Tornei-me mulher para me igualar,
Somar à força do homem
Que foi formado
Com os mesmos elementos
E ao som da mesma música
Que preenche de amor o universo.
Ser mulher é ser humilde,
Saber escutar, dialogar, esperançar,
Lutar sempre pela igualdade de direitos
Sem qualquer preconceito
E sonhar com a mesma utopia que nos faz caminhar…
Prefiro a esperança que nos convida a lutar.
Mulheres e homens, equilibrar.
O machismo combater e, com certeza, eliminar.
Mulher, um ser divino e especial,
Engajada nas mil e uma lutas de transformação
Do tecido social destruído pelo vírus do egoísmo e da misogenia.
Viva a mulher que festeja e celebra
Em estado de poesia dizendo um não
À sua vida anterior de sombrias migalhas
No pulular da cigania.
João de deus de Souza é filósofo e psicólogo
Salve! Pra você que chegou até aqui, nossa gratidão! Agradecemos especialmente porque sua parceria fortalece este nosso veículo de comunicação independente, dedicado a garantir um espaço de Resistência pra quem não tem vez nem voz neste nosso injusto mundo de diferenças e desigualdades. Você pode apoiar nosso trabalho comprando um produto na nossa Loja Xapuri ou fazendo uma doação de qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Contamos com você! P.S. Segue nosso WhatsApp: 61 9 99611193, caso você queira falar conosco a qualquer hora, a qualquer dia. GRATIDÃO!
Réquiem para o Cerrado – O Simbólico e o Real na Terra das Plantas Tortas
Uma linda e singela história do Cerrado. Em comovente narrativa, o professor Altair Sales nos leva à vida simples e feliz no “jardim das plantas tortas” de um pacato povoado cerratense, interrompida pela devastação do Cerrado nesses tempos cruéis que nos toca viver nos dias de hoje.
[button color=”red” size=”normal” alignment=”center” rel=”follow” openin=”samewindow” url=”https://lojaxapuri.info/produto/requiem-para-o-cerrado-o-simbolico-e-o-real-na-terra-das-plantas-tortas/”]COMPRE AQUI[/button]