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Folclore: Nossa brasileiríssima diversidade sobrevive

Folclore: Nossa brasileirísima  diversidade sobrevive

Por Jaime Sautchuk –

Se você já acordou alguma noite com a consciência intacta, mas sem conseguir falar ou se mover, não tenha dúvidas, foi a Pisadeira que veio lhe paralisar. Magra, alta, rosto tenebroso, com nariz alongado e olhos vermelhos, unhas compridas e pontiagudas, ela desceu do telhado e pisou no seu bucho, pra lhe agoniar. Isso é o que conta a lenda dessa assombração, personagem do folclore brasileiro, que a gente insiste em lembrar.

O momento é mais que apropriado. Agosto é o Mês Internacional do Folclore e, no Brasil, dia 22 é o Dia do Folclore. É motivo de alegria e comemorações nas ruas, praças, salas de espetáculos e –  por que não? – nas redes sociais da Internet. Afinal, era nas rodas de conversas que se passava a herança folclórica do povo, a cultura que a grande mídia finge não ver.

O folclore brasileiro é riquíssimo em personagens que fazem companhia à Pisadeira. Alguns são mais conhecidos, com nomes de Mapinguari, Saci-Pererê, Caipora, Jurupari, Negrinho do Pastoreio, Capelobo, Mula sem cabeça, Baíra, Lobisomem, Curupira, Pedro Malasartes, Macunaíma, Bicho-papão e Boitatá. Mas há muitos outros que ficam meio mocozeados em pequenas comunidades, inclusive entre grupos indígenas e quilombolas.

No entanto, vale lembrar que o folclore não é composto apenas de personagens que encantam ou amedrontam. É o conjunto de lendas, crenças, superstições, mitos, provérbios, dialetos, músicas, canções, danças, ritmos, festas, encenações, artesanato, artes plásticas, vestimenta, culinária e, enfim, todas as manifestações populares de uma sociedade.

Numa mesma comunidade, há um amplo leque de assuntos que formam a sua cultura. O pesquisador potiguar Luís da Câmara Cascudo, que produziu numerosa obra sobre o tema, escreveu em seu “Dicionário do Folclore Brasileiro”:

“Entre os indígenas brasileiros haverá sempre, ao lado dos segredos dos entes superiores, doadores das técnicas do cultivo da terra e das sementes preciosas, o vasto repositório anedotário, fácil e comum.”

A própria palavra “folclore”, cuja origem está no vocabulário anglo-saxão, significa esse conjunto de fatores. Ela foi cunhada pelo pesquisador inglês Willian John Thoms, em 1846, com a junção de duas outras palavras: “folk” (povo) e “lore” (sabedoria). E foi incorporada por praticamente todas as línguas do Planeta, com o mesmo significado.

NOVOS TEMPOS

Até meados do século passado o Brasil era um país mais rural que urbano, com a maior parte de sua população vivendo longe das cidades, em lugares aonde até mesmo as potentes ondas curtas de emissoras de rádio chegavam com dificuldade. O conhecimento era repassado lá mesmo, nos círculos familiares e comunitários, com variações de região pra região, no país inteiro.

As migrações internas, principalmente do Nordeste no sentido Sudeste e Sul, levaram hordas de famílias escorraçadas pelas secas em busca da sobrevivência num país que se industrializava. Depois, a “Marcha para Oeste” promovida pelo presidente Getúlio Vargas, abriu novas fronteiras, que culminaram mais adiante com a construção de Brasília e a definitiva ocupação do Centro-Oeste.

Esses seres em deslocamento levavam, entre as trouxas, sua própria história, suas tradições. Muitas vezes, eram pouco letrados, analfabetos no conhecimento da sociedade envolvente, mas de muita sabedoria inata, que em boa parte se perdia na labuta diária. Buscar o que comer e onde se alojar, no mais das vezes, era mais importante do que cantar, conversar ou festejar.

Mais recentemente, nas últimas décadas, de modo que se acentua a cada dia, a estrutura agrária injusta expulsa da roça o pequeno, dando lugar a uma agricultura extensiva, predatória, batizada de agronegócio. Nela, quem manda é o boi e o trator, desdenhando os seres humanos, a conservação do meio ambiente e a preservação da cultura local.

URBANIZAÇÃO

É certo que boa parte das manifestações culturais nativas, em especial a poesia e a música, também pegaram o rumo da cidade. Com o advento da radiodifusão brasileira, que ganhou forma na década de 1930, os gêneros regionais chegaram às grandes cidades e, a partir delas, aos mais distantes rincões, do Caburaí ao Chuí.

É bem verdade que o gênero do repente ou cantoria nordestina, por exemplo, consegue ao mesmo tempo manter um elenco em plena atividade em seus locais de origem. O pesquisador João Miguel Sautchuk, que por acaso é meu filho, defendeu tese de doutorado sobre o tema e escreveu em seu livro “A Poética do Improviso”:

“Há cantoria em todos os estados do Nordeste e também em locais que receberam grandes contingentes de migrantes nordestinos – como São         Paulo, Distrito Federal e estados da Região Norte do país. Porém, ela é    mais forte em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Os cantadores mais famosos do Nordeste são daí oriundos.”

Pode-se dizer que, por ser uma forma de uso corrente, a musicalidade foi agregada por regiões, por meio do Forró nordestino, do Caipira do Sudeste, do Fandango do Sul e do Carimbó amazônico. A maioria das formações originais de cada gênero musical é de grupos dançantes que foram resumidos aos músicos nos programas de rádio, em que a dança era dispensável.

Estes são os casos, citando apenas dois, dos trios nordestinos e das duplas caipiras, ou sertanejas. Estas últimas surgiram primeiro no interior de São Paulo e parte de Minas Gerais e Goiás, nos seus antigos limites, que englobavam o que é hoje o Triângulo Mineiro.

Em verdade, os gêneros mais difundidos no Brasil tinham fortes raízes no período colonial, com sua influência europeia. As Festas Juninas, por exemplo, eram praticadas em várias partes da Europa desde a Idade Média. Lá, elas eram realizadas na chegada do verão, época de formar as lavouras, e não tinham caráter religioso.

Em solo tupiniquim, esses festejos mantiveram seu formato de origem, com músicas regionais, dança de quadrilhas (grupos de casais) e fartura de alimentos e bebidas, mas acabaram ganhando religiosidade. Isto porque foram incorporadas a datas dedicadas à veneração de santidades católicas, como São João, Santo Antônio, São Pedro e assim por diante.

Em algumas partes do Nordeste, as festas juninas ganharam outras dimensões, com eventos que atraem gente de outras partes do país e até do exterior, como os de Campina Grande, na Paraíba, e de Caruaru, no Pernambuco, pra citar apenas os mais afamados.

A influência europeia também é marcante nos instrumentos musicais, em especial a viola e a sanfona. A viola foi trazida pelo colonizador português já no Descobrimento, pois era a coqueluche nas festas da Lisboa de então. Aqui, ela foi incorporada às festas de todas as regiões do que veio a ser o Brasil, com pelo menos duas dezenas de afinações diferentes, mas quase sempre com cinco pares de cordas metálicas.

A acordeona ou sanfona, por sua vez, também era usada em Portugal e toda a Europa, e consta que tenha sido introduzida aqui, na colônia, em meados do Século XIX. Coincide com a chegada de grandes levas de imigrantes italianos, que também usavam essas gaitas, e que se fixaram em grande parte na Região Sul, mas o fato é que este passou a ser o principal instrumento das festas populares gaúchas, embora seja também de largo uso em gêneros nordestinos e de outras regiões.

A sanfona comanda a melodia e o ritmo dos fandangos, designação genérica dos gêneros musicais sulistas, embora seja usado também nas festas do interior de São Paulo, segundo relato de Mário de Andrade, em seu Dicionário Musical Brasileiro. O termo era usado em Portugal, mas foi através do colonizador espanhol que ele chegou à América Latina, pra caracterizar festas com rodas de dança e sapateado, que ele havia herdado dos árabes.

LINGUAGEM

No caso do Sudeste, os grupos de catira ou cateretê surgiram inicialmente na região onde foi implantada uma das formas da Língua Geral, que era uma mistura do Português com o Tupi do indígena, a partir do Século XVII. Era o Dialeto Caipira, que substituía letras e formas verbais, eliminando sons de difícil pronúncia, como o “lh”, que deu lugar ao “i”, por exemplo. Assim, o verbo molhar virou “moiá”, o substantivo colher virou “cuié” e assim por diante.

Este gênero musical ganhou muita força também no cinema, desde antes do surgimento da televisão como principal meio de comunicação social em território canarinho. O destaque maior nessa empreitada, sem dúvida, foi Amácio Mazzaropi, que participou de um poderoso centro de produção cinematográfica em Taubaté, cidade onde passou parte de sua infância, no vale do rio Paraíba do Sul, interior leste de São Paulo.

Seu avô materno, João José Ferreira, imigrante português, era tocador de viola, compositor e dançarino de bailados regionais. Por sua influência, Amácio trabalhou por muitos anos com teatro, escrevendo e atuando em peças, mas depois passou ao cinema, produzindo 33 filmes de longa-metragem, sempre sobre a temática caipira, em que usava o linguajar e o anedotário característicos.

Por coincidência, essa é também a cidade do escritor e folclorista Monteiro Lobato, que valorizou a cultura nacional em sua farta obra literária. A casa onde ele nasceu e cresceu, em Taubaté, abriga hoje o Sítio do Pica-pau Amarelo, um centro cultural e museu vivo, onde estão sendo preservados a memória do autor e seus personagens.

A Língua Geral, em suas várias formas, desapareceu no país inteiro, com exceção do nheengatu, ainda hoje em uso na região do Alto Rio Negro, Estado do Amazonas, fronteiras do Brasil com a Colômbia e Venezuela, na Planície Amazônica.

No entanto, a música do caipira se espraiou pra muito além do Sudeste, ganhando todo o Brasil Central, parte da Amazônia, do Nordeste e também do Sul, especialmente o Paraná, com a denominação de “sertaneja”. Hoje, porém, esse estilo tem sido desvirtuado por um gênero novo, chamado de “sertanejo universitário”, que usa ritmos completamente diferentes dos originais.

Isso não impede, contudo, que as festas (ranchos ou ternos) do Divino Espírito Santo, de Reis, do Boi e outras manifestações continuem ocorrendo em toda essa região, puxadas por duplas de cantadores que normalmente tocam viola de 10 cordas e violão normal.

No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, área do Pantanal, são mantidas algumas características próprias, que incluem instrumentos musicais. É o caso da viola de cocho, pequena, escavada em madeira mole, em peça única, com quatro cordas de náilon (linhas de pescar), que e é usada em rasqueados, mazurcas e outras batidas musicais. Ela se tornou bastante conhecida, no Brasil e no exterior, pelas mãos do violeiro e compositor Roberto Corrêa, mineiro radicado em Brasília.

Instrumento semelhante, ainda menor, a viola de buriti, do tamanho de um violino, até hoje é usado em cantorias entre as populações dos vales dos rios Araguaia e Tocantins. Tanto seu corpo quanto o braço são feitos de galhas da palmeira buriti, escavadas e justapostas, também com quatro cordas de linhas de pesca.

FESTAS RELIGIOSAS

Todos os anos, na segunda quinta-feira de janeiro, não é feriado, mas grande parte da população soteropolitana se veste de branco e participa de um evento que se repete há 250 anos na capital da Bahia. É a Lavagem do Bonfim, parte dos calendários católico e do candomblé no sincretismo religioso baiano.

O ajuntamento inicial se dá em frente a uma igreja próxima do Mercado Modelo, de onde mais de um milhão de pessoas saem em procissão, que percorre oito quilômetros da Cidade Baixa, até chegar à colina onde está a Igreja do Bonfim. Dezenas de baianas, vestidas a rigor, carregam flores, vassouras e potes de água de cheiro, com as quais irão lavar as escadarias daquele templo.

A cerimônia comemora um evento ocorrido em 1.773, quando escravos negros foram obrigados a lavar aquela igreja, como forma de se redimirem das suas crenças de origem africana. O percurso ganha um caráter festivo, dado por muitos grupos de percussão e pelo farto uso de bebidas alcoólicas.

No entanto, a maior festa religiosa do Brasil – considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco – é o Círio de Nazaré, que tem reunido mais de dois milhões de pessoas todos os anos, em Belém do Pará. A procissão ocorre no segundo domingo de outubro, em veneração à Nossa Senhora do Nazaré, originalmente venerada em Portugal.

Uma estátua de Nossa Senhora de Nazaré foi encontrada por um caboclo na capital paraense, no ano de 1700, cunhada em madeira e do mesmo tamanho que a original portuguesa. A santa católica passou, então, a ser venerada pelos seguidores daquela igreja, que transportam a imagem do porto até o santuário a ela dedicado, como protetora da cidade de Belém, conforme a crença popular.

Em verdade, no país inteiro há outras festas de caráter religioso que atraem grandes públicos em períodos diferentes do ano.

O CARNAVAL

O Carnaval é, nos dias atuais, a maior festa popular do Brasil, sem dúvidas. Sua origem está nos festejos profanos da Antiguidade, em que comunidades inteiras saíam às ruas pra pular e dançar, enquanto se molhavam com água e se lambuzavam com farinhas e ovos. Foi incorporado ao calendário católico e, em Portugal, já usava o nome de “Entrudo”, na forma que chegou ao lado de cá do Atlântico, ainda no Século XVII, mas se fortaleceu após a Independência.

Essa manifestação passou a ser realizada nos quatro dias que antecedem a Semana Santa, sempre em fevereiro, ainda no início do ano, período em que era realizada no seu formato original. No Brasil, acontecia inicialmente em cidades do interior do Nordeste, com destaque pra Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde era mais rumorosa, envolvendo do escravo ao seu amo, mais padres, juízes, toda a sociedade, enfim.

No Rio de Janeiro, ganhou vulto, mantendo as mesmas características de uma festa ecumênica, eclética. É bastante contado por historiadores um fato que se passou com D. Pedro II, numa festa do Entrudo. Conhecido pelo seu jeito circunspecto, fechadão, o imperador foi parar num tanque de chafariz, todo molhado e coberto de polvilho, alegre, sorridente.

De lá pra diante, o evento passou a incorporar outras manifestações, inclusive o samba de roda importado da Bahia, e foi ganhando vulto até chegar ao que é hoje.

Na Bahia, o processo de desenvolvimento do Carnaval foi parecido, mas sempre ligado a manifestações de origem africana, aos blocos de rua, alguns dos quais hoje bastante conhecidos mundo afora, como o Filhos de Gandhi, Olodum, Ilê Aiyê e tantos outros.

Em 1950, a dupla de técnicos em eletrônica Dodô e Osmar resolveu eletrificar os instrumentos de um grupo de frevo pernambucano que se apresentava em Salvador, sobre a carroceria de um Ford 29. Assim, nasceram o trio elétrico e a guitarra baiana, que são as marcas desse evento por lá.

Em outras capitais e cidades do interior, de norte a sul do país, a festa do Entrudo incorporou ritmos regionais ou locais e foi se transformando em Carnaval.

O mesmo ocorreu com o Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas, onde o Bumba Meu Boi se transformou numa atração mundial, só que sempre na última semana de junho, período das festas juninas. Na cidade e região, há registros de grupos dessa dança há mais de um século, sempre voltados a uma temática regional, das lendas, mitos e costumes de indígenas e populações ribeirinhas.

O evento surgiu de forma mais organizada em 1965, por iniciativa de um grupo de jovens católicos. Depois, foi assumido pela Prefeitura Municipal, como atividade pública, e foi construído um “bumbódromo” à imagem e semelhança do “sambódromo” do Rio de Janeiro.

Dois grupos, o Garantido e o Caprichoso, se destacaram em disputas locais e todo ano, por três dias, chamam a atenção de grande público, boa parte de turistas.

FRONTEIRAS

Nas áreas de fronteiras do Brasil com os países vizinhos, especialmente Argentina e Paraguai, é grande a influência de outros ritmos, festas dançantes e mesmo seus instrumentos musicais, como é o caso da harpa paraguaia.

Mas é forte, também, a literatura popular, em prosa e poesia, que mantém viva a memória de personagens da mitologia local. Um caso muito famoso, bastante difundido na Região Sul, é de “El Gaucho Martin Fierro”, do argentino José Hernandes, publicado pela primeira vez em 1872, que descreve em versos a vida na zona rural e em pequenas comunidades.

Em verdade, a chamada “poesia gauchesca”, amplamente difundida no Brasil, Uruguai e Argentina, é uma importante forma de manifestação popular, como ocorre também com a “poética nordestina”, no Nordeste do Brasil, em formatos diferentes.

Declamada ou cantada, essa poesia normalmente relata aspectos da vida cotidiana das populações nativas, originalmente apresentada em rodas de chimarrão e bochichos, momentos tradicionais de convívio nas comunidades dos pagos sulistas. No Brasil, a maior expressão dessa arte foi Jayme Caetano Braun, cuja obra é muito difundida em toda a América Latina.

No entanto, há outras formas de influência, como ocorreu com o reggae, gênero musical que é parte marcante do folclore do estado do Maranhão. Sua terra de origem é a Jamaica, que foi colônia inglesa no Caribe até a década de 1970.

A explicação mais aceitável pra essa influência é o rádio. Desde meados do século passado, a BBC, emissora estatal britânica, manteve em território jamaicano potentes transmissores de Ondas Curtas, com programação local, que incluía a música e chegava rachando na costa brasileira, em especial aos ouvintes maranhenses.

Outros ritmos caribenhos chegaram a grande parte da Amazônia brasileira, influenciando o surgimento do Carimbó e de outros ritmos daquela região. Eram trazidos aos recantos tupiniquins por meio da radiodifusão, em especial a igualmente potente Rádio de Havana, em Cuba, cuja musicalidade se misturou com a do indígena e de outras comunidades locais.

DIVERSIDADE

As novas tecnologias afastam a juventude de suas tradições, segundo muitos estudiosos. Mesmo nas zonas rurais e pequenas comunidades, o telefone celular e as redes sociais na Internet interferem negativamente nas relações pessoais, presenciais, o que inclui eventos festivos e rodas de conversa.

De quebra, a motocicleta afasta as pessoas do animal, como meio de transporte, as tropas e boiadas já não andam mais no chão, as academias de musculação tentam substituir os grupos de luta-dança da capoeira, os lanches rápidos, pasteurizados, substituem a culinária tradicional no cotidiano e assim por diante.

 

Ainda assim, no entanto, o Brasil mantém viva uma grande diversidade de manifestações folclóricas que fazem parte da sua cultura. E conta, pra isso, com farta documentação em literatura e meios audiovisuais que ajuda a guardar e difundir o conhecimento acumulado, que se pretende repassar às novas gerações.

No Pernambuco, por exemplo, segue viva a literatura do escritor e folclorista Ariano Suassuna, que influencia a atividade artística em outros campos, como a música, o teatro e a poesia.

Lá mesmo, onde os rios Beberibe e Capibaribe “se juntam pra formar o Oceano Atlântico”, como diz a anedota local, são muitas as manifestações nesse sentido. Outro exemplo é o da obra do pesquisador Mário Souto Maior, falecido em 2001, que já estava exposta fisicamente, agora ganhou também uma rica página na Internet.

Em todos os estados, com ou sem apoios oficiais ou da grande mídia, há gente empenhada nessa empreitada de manter vivo o folclore brasileiro. Em último caso, que se espalhe a “paralisia do sono” da velha Pisadeira pra chamar a atenção de jovens.

Texto: Jaime Sautchuk Ilustrações: Mikael Quites

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