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Um pouco sobre a culinária russa...

Um pouco sobre a culinária russa

Um pouco sobre a culinária russa

A Rússia tem uma culinária muito rica e variada. Por ser um país de longo inverno todos os anos (e obviamente um clima muito gélido), frutas e vegetais frescos não são muito utilizados na culinária russa. Os ingredientes mais encontrados na cozinha russa são batatas, manteiga, carne, pães e ovos.

Além desses alimentos, também são comuns na Rússia: repolho, leite, creme azedo, cogumelos, banha de porco, tomate, maçã, mel, açúcar, sal, alho e cebola.

Outro alimento bastante significativo no cotidiano russo é o peixe. “Os inúmeros rios que existem na Rússia, tornaram a culinária russa bastante rica e variada em termos de pratos de peixe (peixe Solyanka e tarte fechada de peixe), assim como do famoso Caviar e outros tipos de ovas de peixe, especialmente usados em Zakuski (entradas)”, afirma Mauricio Barufaldi, chef executivo de cozinha.

A seguir, alguns dos principais pratos mais consumidos na Rússia:

Borscht (sopa de beterraba) — Receita típica da Ucrânia, e ideal para o rigoroso inverno do leste europeu, ela também é popular em diversos países do leste europeu, inclusive a Rússia. Esta sopa vermelha de beterraba pode ser servida com ou sem carne, batata, ervas e uma dose de smetana (creme azedo russo), mas sempre quente. Por ter várias variações, ela também pode ser acompanhada com um pedaço de pão de centeio ou pão de alho coberto com queijo derretido.

Um pouco sobre a culinária russa...Foto: Wikimedia/liz west

Pelmeni russo — Prato típico da região da Sibéria, o pelmeni russo se assemelha com o ravióli. Geralmente, o recheio pode ser usado com três tipos de carne moída: bovina, cordeiro e porco. Ademais, na receita tradicional também acompanha cebolas, ervas, pimenta preta e um pouco de farinha (na medida certa). Também é importante ressaltar que a massa do pelmeni é feita sem adição de fermento.

Um pouco sobre a culinária russa...Photo: Wikemeida/ Eugene Kim

Pirozhki — Basicamente, são pãezinhos (ou também na forma de pastéis) recheados. Eles podem ser recheados com uma grande variedade de ingredientes: carne, arroz, ovo, cebola, repolho, batata e cogumelos. Já os recheios doces podem incluir frutas cozidas ou frescas, geleia ou queijo cottage.

Um pouco sobre a culinária russa...Photo:  Evilmonkey0013

Blini — Os russos adoram blini (uma versão de panqueca russa), e especialmente com recheios variados. Os blinis com recheios doces mais populares na Rússia são com mel, leite condensado, geleia de framboesa e outros mais.

Um pouco sobre a culinária russa...Foto: Tamorlan

Já os salgados que mais agradam os russos geralmente são recheados com carne picada com cebolas fritas, repolho e cebolas fritas, cogumelos, salmão defumado ou marinado, queijo caseiro adoçado com passas, caviar preto e vermelho.

Culiá — Prato típico da Geórgia, existem muitas versões do Khachapuri. A versão tradicional conta com um pão assado recheado com três queijos diferentes e um ovo no centro de tudo. É importante ressaltar que o ovo é introduzido no final do processo de cozimento, mas pouco cozido, ainda mole.

Um pouco sobre a culinária russa...Foto: Sandra C

Um dos lugares onde o Khachapuri é mais consumido em território russo é Sochi, cidade essa que foi sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, e que desde então recebe grandes eventos esportivos, como Grande Prêmio da Fórmula (desde 2014) e uma importante etapa de um circuito de poker — ocorreu no primeiro semestre de 2017. Confirmada como uma das sedes da próxima Copa do Mundo, a cidade também abrigará a seleção brasileira dias antes do início da Copa do Mundo.

Sopa Solyanka — Outro prato típico da Geórgia, e muito saboreado pelos russos e ucranianos, é a sopa Solyanka. Cozida durante várias horas com fogo baixo, ela é feita, geralmente, com pedaços espessos de carne de porco (ou bovina), alho, tomate, pimentão e cenoura. Também não incomum acrescentar azeitonas.

Foto: Wikimedia/Dezidor


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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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