Pesquisar
Close this search box.

23 de Abril: Dia de São Jorge

Dia de São Jorge: quem foi o herói que hoje é padroeiro do Rio de Janeiro e da Inglaterra

O Dia de São Jorge é o dia do santo padroeiro da Inglaterra, comemorado no 23 de abril de cada ano. Ele deve se tornar em breve também padroeiro do Estado do Rio de Janeiro, onde já é motivo de feriado, mas falta a sanção do governador Wilson Witzel ao projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa fluminense no último dia 18.

Por: bbc

Mas quem era o soldado matador de dragões chamado George (nome original em inglês) que se tornou o padroeiro de diversos países, estados e cidades? “É praticamente certo de que ele era uma figura histórica real – provavelmente um soldado romano cristão chamado Georgios”, disse Michael Carter, historiador da English Heritage.

Ele provavelmente nasceu na Capadócia, na Turquia, por volta de 260 d.C., e foi martirizado em Nicomédia, ou Lida, atualmente em Israel, na província romana da Palestina em 300 d.C., disse ele.

Em homenagem ao santo guerreiro, desde o início da manhã desta terça-feira, escolas de samba do Rio de Janeiro, como Estácio de Sá e Salgueiro, além de igrejas e catedrais da capital fluminense, fazem cerimônias para lembrar São Jorge. Também estão previstas procissões, missas, rodas de samba e até queima de fogos ao longo do dia, em diversos pontos do Estado, para celebrar a data.

Como ele era?

“Ele é um santo glamuroso. Dizem que ele era muito bonito, montado em seu cavalo matando um dragão”, disse Carter.

São Jorge é tido como uma figura glamurosa com uma lenda que reflete valores ingleses

“Sua história é algo que cruza culturas e períodos”, acrescenta o historiador. Ele representa honra, coragem e ele tinha associações reais e militares.

“Há muito em sua lenda que reflete os valores ingleses.” Ele realmente é um patrono da Grã-Bretanha moderna, sendo bastante diversificado e internacional.

E quanto ao dragão?

Esta história foi ambientada em Silene, na Líbia, que estava sendo aterrorizada por um feroz dragão do mar, de acordo com Candida Moss, professora de Novo Testamento e Cristianismo Primitivo da Universidade Notre Dame.

“Os habitantes da cidade tinham, sob o comando do rei, dado seus filhos para serem devorados pelo dragão até que finalmente chegasse a hora de a própria filha do rei ser sacrificada”, disse ela à BBC.

“Jorge, no entanto, interveio, prometendo ao rei que, se todos fossem batizados, ele mataria o dragão.” O rei fez o que lhe foi dito, George matou o dragão e todos foram salvos.

A lenda traz ideias de incorporação do bem e do mal, e combate entre heróis e monstros, disse Carter. “É basicamente um arquétipo, o bem derrota o mal”, explica o especialista.

Como Jorge morreu?

O imperador romano Diocleciano havia ordenado a perseguição contra os cristãos, mas São Jorge se recusou a desistir de sua fé e fez um sacrifício aos deuses pagãos, disse Carter.

“Algumas histórias dizem que ele foi torturado por sete anos durante os quais todas as formas de horror foram usadas contra ele”, disse Carter. “Ele foi crucificado, torturado, espancado, fervido vivo e envenenado.”

“A lenda diz que ele morreu três vezes e foi trazido de volta à vida por São Miguel, antes de ser, finalmente, decapitado.”

Por que ele se tornou o santo padroeiro da Inglaterra?

“Logo após sua morte, Jorge foi venerado como um santo, com um dia de festa no dia 23 de abril, o suposto dia do seu martírio”, explica Carter.

Ele também é padroeiro de Aragão, Catalunha, Geórgia, Lituânia, Palestina, Portugal, Alemanha, Grécia, Moscou, Istambul, Gênova e Veneza – segundo São Marcos.

Após a Batalha de Agincourt em 1415, o Dia de São Jorge tornou-se um dos dias de festa mais importantes do calendário inglês, disse Carter.

“E em 1399 sua festa foi elevada a um feriado no mesmo nível do Natal”, disse ele.

“Mas devido à formação da identidade nacional inglesa após a reforma protestante, os santos caíram em desgraça e não recuperaram seu significado.”

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-48028680

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

 

0 0 votos
Avaliação do artigo
Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Parcerias

Ads2_parceiros_CNTE
Ads2_parceiros_Bancários
Ads2_parceiros_Sertão_Cerratense
Ads2_parceiros_Brasil_Popular
Ads2_parceiros_Entorno_Sul
Ads2_parceiros_Sinpro
Ads2_parceiros_Fenae
Ads2_parceiros_Inst.Altair
Ads2_parceiros_Fetec
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

REVISTA

REVISTA 113
REVISTA 112
REVISTA 111
REVISTA 110
REVISTA 109
REVISTA 108
REVISTA 107
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

CONTATO

logo xapuri

posts recentes