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Do Arraial de Santo Antônio ao Arraial de Couros

Do Arraial de Santo Antônio ao Arraial de Couros

Do Arraial de Santo Antônio ao Arraial de Couros

Não é muito difícil, hoje, imaginar a primeira rua de casas, com a aparência de rua verdadeira, no arraial de Couros.

Por Alfredo A. Saad

Diz a lenda que, tangidos pelas doenças que assolavam o Arraial de Santo Antônio, nas proximidades da Cachoeira do Itiquira, no Vão do Paranã, os habitantes reuniram suas coisas, seus cacaréus e mudaram-se para um sítio mais saudável – o local onde hoje se ergue Formosa.

 Na verdade, a mudança e o consequente abandono de Santo Antônio devem, sim, ter sido motivado, em parte, pelas doenças, malária, em especial, muito comum na região do Paranã, mas, principalmente, deve ter-se realizado, porque a proximidade do Registro da Lagoa Feia certamente tornaria possível melhores negócios para quem vivia do comércio de peles de animais, de carne seca e de couro de gado.

 Aquele era o local de pouso dos tropeiros, vindos da Bahia, de Carinhanha e Barreiras e de outros locais, às margens do rio São Francisco, e de Minas Gerais, de Paracatu e arredores, rumo aos garimpos de Vila Boa, de Meia Ponte, de Santa Luzia e de Cuiabá – e, também, daqueles que, vindos desses lugares, demandavam os garimpos de Cavalcante e os currais daquelas regiões da Bahia.

Pode-se deduzir que os tropeiros, vindos do sul, depois de 1750, aproximadamente, não conduzissem gado, pois este já era criado no Vale do Paranã, senão, como conseguiriam os habitantes do Arraial de Couros os couros que negociavam? Mas é seguro admitir que o escambo era feito na base do couro de gado e carne seca, produzidos na região, e de peles de animais silvestres por sal, ferragens e tecidos, trazidos do litoral.

Quando o Urbano do Couro passou pela Lagoa Feia, a região deveria já ser habitada, não por garimpeiros, pois ali não havia ouro, ou cristais, mas por pescadores e por criadores, forçosamente necessitados de sal, de aquisição tão difícil na região.


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