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Vencendo a indiferença, o peso morto da história

Vencendo a indiferença, o peso morto da história

As mobilizações populares contra o golpe desfechado pelo Parlamento, com o apoio da mídia de direita liderada pela Rede Globo e do judiciário, mostram que a resistência está tirando a população da indiferença.

Daquela letargia ocasionada pelo sentimento de tomada do poder que se apossou de todo o movimento social e político, com a vitória da Frente Brasil Popular, no governo Lula. No nosso equívoco de classe, havíamos derrotado as atrasadas elites brasileiras e os grupos capitalistas internacionais.

Antonio Gramsci definiu o sentimento de indiferença como o peso morto da história, a bala de chumbo para o inovador. É aquilo que confunde os movimentos transformadores e destrói as organizações, por mais combativas que elas sejam. Desencoraja os que pretendem se engajar na luta e os leva a ficar impassíveis e inertes diante dos problemas enfrentados por sua classe.

Os indiferentes não levam em conta que as únicas armas de que dispõem os trabalhadores, os oprimidos, para se defender do ataque destruidor que a classe dominante corrupta e seus representantes nos três poderes, na mídia entreguista, apoiados pelas grandes potências internacionais, são a sua unidade de classe, a organização e a permanência nas ruas.

O golpe de Estado que apeou Dilma Rousseff do poder trouxe para o centro de decisões o que existe de mais nocivo à vida política nacional, retrocedendo ao século 19 as relações sociais e de trabalho, com a aplicação da cartilha neoliberal imposta aos países periféricos, que retira a autoestima dos trabalhadores e da sociedade, transformando os setores de resistência em presa fácil da exploração capitalista.

Felizmente, passados os instantes de torpor pós-golpe, as evidências pelas denúncias de conluios entre políticos e empresas nacionais e estrangeiras, para tomar de assalto os recursos naturais e o patrimônio público da nação, com a reforma trabalhista e da Previdência, com o objetivo de entregá-los ao setor privado e aos monopólios internacionais, começa a despertar as forças de resistência.

A Greve Geral de 28 de abril, a marcha “Ocupa Brasília”, em 24 maio, e o ato “Político Cultural” do dia 28 de maio, no Rio de Janeiro, cada um com mais de 100 mil pessoas, é uma demonstração de que a indiferença está sendo derrotada, aliada a outro elemento importante e decisivo: a unidade, embora ainda frágil, das centrais sindicais.

Às ruas com o movimento de massas é o caminho da nossa resistência e da nossa vitória. E voltando ao velho Gramsci, “Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes”.sinproep2

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