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Jovens dizem por que vão tirar o título de eleitor em 2022

Jovens dizem por que vão tirar o título de eleitor em 2022

Jovens dizem por que vão tirar o título de eleitor em 2022

Após mobilização, quase 100 mil títulos foram emitidos em uma semana…

Por Ana Carolina Caldas/via Brasil de Fato

 

No começo de março, pouco mais de 800 mil jovens entre 16 e 17 anos tinham feito o título de eleitor, segundo a Justiça Eleitoral, a menor adesão desde a aprovação do voto para essa faixa etária. Porém, nas duas últimas semanas, quase 100 mil jovens solicitaram o título, após a mobilização de entidades estudantis, influenciadores na internet e artistas. 

Anitta, Emicida, Luiza Sonza e Zeca Pagodinho, entre outros, fizeram vídeos, postagens em redes sociais ou em shows convocando a juventude a participar das eleições. A maioria também destacou a importância do voto pela necessidade de mudanças no país. 

No Instagram, Anitta, a dona do hit número 1 na rede mundial Spotify, fez uma convocação a seu estilo. “Vamos lá, pelo amor de Deus, mudar esse presidente. Vamos tirar esse título, cansada de ser a única alegria do brasileiro. Vamos embora, gente. Se vocês não tirarem esse título, eu vou me aposentar e acabou, hein. Vou dormir, eu canso, vou desistir e jogar a toalha. Vamos tirar esse título, gente. Votar ‘Fora, Bolsonaro’ e fora todo mundo”, disse.  

Para saber os motivos que os levam a tirarem seus títulos, o Brasil de Fato Paraná conversou com alguns desses jovens que vão votar pela primeira vez.

Confira o que disseram: 


Beatriz, 16 anos, vai votar pela primeira vez em 2022 porque não aceita Bolsonaro no poder. / Arquivo pessoal

Beatriz dos Santos Ramos, 15 anos 

“Eu faço 16 anos em julho e fiz o título, agora em março. Eu quero votar, acho necessário, pois não é justo uma pessoa como Bolsonaro, que ofende minorias, continuar no poder. Vou votar com gosto!” 


Anita, 17 anos, fez o título na última semana e disse que está empolgada para votar / Arquivo pessoal

Anita Piangers, 17 anos 

“Eu fiz agora, nessa semana, presencialmente, Vi que tinham poucos jovens lá e mais idosos fazendo o título. Fiquei nervosa porque é uma experiência mais adulta do que eu estou acostumada. Estou muito empolgada para votar, me sinto parte da comunidade, me tornando uma cidadã. Eu acho muito importante os jovens votarem porque isso vai influenciar nosso futuro, nossos próximos anos. 


Victor, 15, disse que o voto é importante porque define o futuro do país. / Arquivo pessoal

Victor de Melo Pereira, 15 anos 

“Com o título de eleitor temos a oportunidade de participar do processo eleitoral e ajudar a definir o futuro de nosso país. As eleições afetam a nossa vida tanto no presente como no futuro.” 

Quem pode votar 

Podem votar todos os jovens que tenham pelo menos 16 anos no dia da eleição, ou seja, 2 de outubro. O prazo para tirar o título é 4 de maio. É possível fazer presencialmente no Tribunal Regional Eleitoral ou por meio da plataforma online do TSE: https://www.tse.jus.br/eleitor/titulo-de-eleitor/pre-atendimento-eleitoral-titulo-net 

Fonte: BdF Paraná

 

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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