Pesquisar
Close this search box.
Os problemas e perigos dos remédios para emagrecer

Os problemas e perigos dos remédios para emagrecer

Os problemas e perigos dos remédios para emagrecer

Em março deste ano, a Anvisa proibiu mais de 140 medicamentos entre chás e remédios para emagrecer. O órgão tomou essa decisão após uma enfermeira de São Paulo morrer devido ao uso dessas substâncias…

Por Denisson Antunes Soares/via Mega Curioso

Os comprimidos para perder peso não são uma coisa nova e a vontade de ser “magro” também não. Embora essa categoria de medicamentos seja conhecida pelos perigos e efeitos colaterais intensos, a sua popularidade tem aumentado. 

O Brasil é um exemplo disso, já que ocupa o posto de líder no consumo desses remédios entre os países da América Latina.

(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)

Os perigos das pílulas de dieta

O pior cenário relacionado aos remédios para emagrecer perigosos é que eles podem ser fatais. Algumas fórmulas pouco estudadas, mas colocadas no mercado para o consumidor já até foram indicadas como causadoras de câncer, pressão alta, danos à válvula cardíaca, depressão e ansiedade.

Outros efeitos colaterais bastante comuns são:

  • dor de estômago com vômitos e náuseas;
  • manchas oleosas na pele;
  • inquietação;
  • tontura;
  • dores de cabeça;
  • ritmo cardíaco acelerado.

Além disso, as consequências negativas dos remédios para emagrecer podem envolver o vício e até um quadro de overdose. Isso sem contar os problemas que podem surgir devido ao abuso e a possibilidade de a pessoa experimentar sintomas de abstinência.

Tentar controlar o peso com comprimidos e outras substâncias dietéticas é um processo complicado. Muitos sistemas do organismo interagem com esses medicamentos e, quando não são seguros, a pessoa ainda pode ter problemas sérios com seu metabolismo a longo prazo.

Propaganda enganosa

E mesmo nas situações em que os efeitos adversos sejam menos graves, boa parte dos remédios para emagrecer não são seguros para o consumo, graças aos absurdos e afirmações extraordinárias. Isto é, muito marketing, pouca pesquisa.

 

Dificilmente um especialista em saúde física e nutricional dirá que é normal e saudável perder dois quilos por semana. No entanto, é possível encontrar com facilidade remédios que afirmam que a pessoa pode perder 15 quilos em 30 dias. Essas alegações, além de irreais, são perigosas.

Natural não significa seguro

Outra questão que merece atenção são os remédios para emagrecer naturais. O termo “natural” faz passar uma imagem de algo saudável e de poucos impactos negativos no corpo.

O problema é que existe muita propaganda enganosa. Todos os anos surgem centenas de novas curas naturais autoproclamadas para o excesso de peso. Geralmente, essas soluções são acompanhadas de testemunhos sobre sua eficácia.

 

(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)

Mas é bom tomar cuidado: quanto mais extraordinária a promessa, mais se deve suspeitar. 

Essa é uma estratégia de venda bem comum usada por marcas suspeitas com a finalidade de esconder a falta de dados e pesquisas sobre a eficácia do remédio, e até mesmo o fato de que estão enganando o consumidor já que há compostos sintéticos em suas fórmulas.

Ou seja, prometem tanta coisa e de uma forma que faz parecer tudo seguro que a pessoa até se esquece de procurar saber se houve alguma pesquisa séria ou se a empresa que produz o medicamento existe e tem aval dos órgãos reguladores para funcionar.

(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)

Portanto, se decidir usar algum remédio para emagrecer lembre-se que ele precisa ser aprovado pela Anvisa, tem que ser seguro e adquirido de uma fonte séria. 

Além disso, é fundamental fazer um acompanhamento com especialistas em saúde metabólica, física e nutricional para evitar fazer algo que possa colocar sua vida em risco e, claro, ser enganado comprando algo nocivo para sua saúde achando que faria bem.

Block

Salve! Este site é mantido com a venda de nossas camisetas. Você pode apoiar nosso trabalho comprando um produto em nossa loja solidária (lojaxapuri.info) ou fazendo uma doação de qualquer valor via pix ( contato@xapuri.info). Gratidão!

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

0 0 votos
Avaliação do artigo
Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Parcerias

Ads2_parceiros_CNTE
Ads2_parceiros_Bancários
Ads2_parceiros_Sertão_Cerratense
Ads2_parceiros_Brasil_Popular
Ads2_parceiros_Entorno_Sul
Ads2_parceiros_Sinpro
Ads2_parceiros_Fenae
Ads2_parceiros_Inst.Altair
Ads2_parceiros_Fetec
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

REVISTA

REVISTA 114
REVISTA 113
REVISTA 112
REVISTA 111
REVISTA 110
REVISTA 109
REVISTA 108
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

CONTATO

logo xapuri

posts recentes

×