Meu querido amigo ucraniano
(para Jaime Sautchuk)
O filho de ucranianos nascido em Joaçaba (SC) era chamado por muitos amigos de “polaco”. Creio que sua consciência anticapitalista foi forjada pela observação da perversa relação da empresa Sadia, na vizinha Concórdia, com os pequenos agricultores parceiros.
Fernando Guedes
Nós nos conhecemos colaborando com os jornais Opinião e Movimento, mas ficamos muito companheiros como dupla repórter/ fotógrafo na revista Veja, fazendo matérias sobre conflitos agrários.
Em novembro de 1978, passamos quase um mês percorrendo as estradas operacionais abertas pelo exército para combater os guerrilheiros do PCdoB em busca de testemunhos e memórias, reportagem que viria a ser o embrião do seu livro “Luta Armada do Brasil dos anos 60 e 70”.
Outra vez no município de Marabá, cobrindo conflitos entre posseiros e grileiros, ficamos detidos durante um dia no meio do mato pela PM do Pará. Confundiram o Jaime com o líder dos posseiros, que atendia pelo apelido de Pedro Ventinha.
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