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Tempo, memória e história: Três lançamentos

Tempo, memória e história: Três lançamentos

Tempo, memória e história: Saberes que se complementam em três lançamentos da Editora UnB 

Por Inês Ulhôa 

Tempo, memória e história, categorias que moldam inevitavelmente a forma  como respondemos à compreensão do mundo em que vivemos e do qual fazemos parte, são os pilares de três obras publicadas pela Editora Universidade de Brasília que serão lançadas no próximo dia 28 de março, às 18h, na Livraria do Centro de Vivências, Campus Darcy Ribeiro 

Na obra “A esfera da política”, a professora Maria Francisca Pinheiro Coelho, do departamento de Sociologia da UnB, publica alguns ensaios em que reflete sobre questões relevantes para a experiência humana da ação política na esfera pública. A autora dividiu sua obra em duas partes. Na primeira, os textos são baseados no pensamento político e contribuições de Hanna Arendt. É inquestionável como a obra de Arendt aponta para o debate de questões importantes de nosso tempo, tais como o sentido da política e o papel da ação no espaço público para o entendimento do mundo contemporâneo, com ênfase na exigência do pensar e do agir.

Na segunda parte, Maria Francisca se debruça para temas de interesse do Brasil e da América Latina, começando pelo movimento estudantil que agitou a geração de 1960 e suas lutas posteriores para arrematar em diálogo com o livro “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda. Brasil e o restante da América Latina deixaram para trás ditaduras militares e atraídos por um ideal de mudança social protagonizaram os princípios da igualdade e da liberdade, transformando a sua essência.

A questão recorrente em ambas as partes do livro de Maria Francisca está na esfera da política, tal como preconiza Hannah Arendt. Grande intérprete dos fatos históricos, Arendt acreditava que tanto a liberdade de pensamento quanto a liberdade de ação estão na esfera pública. Para ela, a esfera pública é o espaço da ação e somente nela o interesse público está acima do interesse privado. No espaço público, o ser humano, agindo em consonância com os demais pode gerar poder político e ser livre. A política é isso. É a forma mais elevada de ação. Segundo ela, “a arte política ensina os homens a produzir o que é grande e luminoso”.

O que preservar e por que preservar

Mariza Veloso, também professora no departamento de Sociologia na UnB, garimpa memórias em sua mais recente publicação “O tecido do tempo: O patrimônio cultural no Brasil e a Academia Sphan – a relação entre modernismo e barroco”. Em sua pesquisa, a autora procurou lastrear o surgimento da ideia de patrimônio e das práticas sociais consolidadas a partir dessa ideia, que se estabeleceu na criação do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan). Naquela época, sentiu-se a necessidade de preservar monumentos históricos a partir de uma dimensão institucional e coletiva.

A dimensão social da interpretação do patrimônio enquanto riqueza de um povo e herança para futuras gerações ganha corpo na obra de Velozo. Vista de uma ampla perspectiva histórica, essa interpretação traz inestimável contribuição ao debate sobre o papel e o lugar social que está reservado à ideia de memória e de tradição quando a questão patrimônio passa a ser pautada pelos referenciais culturais, envolvendo estimulantes interpretações e uma riquíssima diversidade nas dimensões testemunhais do cotidiano.

A autora lança luz e avança na relação e conceituação de termos como patrimônio, cultura, memória, identidade, passado, futuro, ideologia e suas interpretações sociais que poderão servir ao leitor para absorver um outro olhar sobre a formação da cultura brasileira.

Sistemas de ensino superior – Brasil e Portugal

Em tempos de notícias alarmantes sobre o papel da universidade pública com direito a tentativas de censura a disciplina, o ensino superior no Brasil vive uma crise sistêmica, profunda e devastadora, cujos elementos constitutivos colocam em xeque as bases de um modelo moderno de educação. Com todas as suas complexidades e paradoxos, o ensino superior tem conhecido um acelerado processo de massificação nos últimos anos, tornando-o “mais opaco…comportando ofertas muito variadas”. Essa e outras peculiaridades são profundamente estudadas no livro “Educação superior e os desafios no novo século: Contextos e diálogos Brasil-Portugal”, organizado por Carlos Benedito Martins e Maria Manuel Vieira.

O estudo comparativo que abrilhanta esta obra é resultado do projeto “Transformações do ensino superior em Portugal e Brasil (1985-2009)”, que teve como objetivo central consolidar um dispositivo de comparações e análises sistemáticas de traços estruturais e de tendências de mudanças que vêm ocorrendo nas últimas décadas nos sistemas de ensino superior português e brasileiro.

De maneira explícita, o livro percorre a trajetória que se inicia com a implantação das bases de um modelo moderno de ensino superior, que abre e expande o sistema, inaugurando o processo de massificação, em ambos os países, na década de 1960, paradoxalmente sob regimes ditatoriais. Hoje, tanto o sistema português quanto o brasileiro estão objetivamente mais acessível a uma população mais alargada socialmente do que no passado.

Release recebido da jornalista  Inês Ulhôa – Editora UnB

Publicado em 26/03/2018

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