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Antes tarde do que tarde demais

Antes tarde do que tarde demais

Supremo reconhece parcialidade de Moro na condenação de Lula, que ainda espera por justiça

Por Reginaldo Lopes

Sérgio Moro agiu politicamente e trabalhou para eleger Bolsonaro, de quem virou ministro. A decisão da mais alta Corte do país de excluir a delação de Antônio Palocci do processo contra o ex-presidente Lula reconhece isso. Justamente, alegando “ato político”, o STF apontou a parcialidade do ex-juiz.

Uma vez reconhecida a suspeição de Moro para ter julgado Lula, o que falta para a condenação do ex-presidente ser anulada e para que ele tenha seus direitos políticos reabilitados?

Ninguém está pedindo para que a Justiça peça desculpas de joelhos ao país. Apenas para que as injustiças sejam reparadas.

Para os representantes da elite brasileira, não basta excluir do processo eleitoral. Há o interesse escuso e pouco democrático de banir Lula também do debate político. A jornalista que hoje coordena o histórico Roda Viva, o mais importante programa de debates da televisão brasileira, afirmou que enquanto ela estiver à frente da atração, o ex-presidente não será convidado. Não pode ser o estômago o critério para decidir isso, e sim o interesse público. Não é interessante ouvir o que um ex-presidente da República reeleito tem a dizer? Não é interessante… para quem?

Ninguém há de negar que Lula é uma liderança histórica e popular e que sempre percorreu os caminhos democráticos. Jamais lhe incorreu, por exemplo, a tentação de um terceiro mandato, erro que inclusive companheiros da esquerda latino-americana cometeram. Trabalhou incessantemente por pautas cristãs, humanas, solidárias, como o combate à fome e à pobreza. Tem milhões de eleitores e de amigos por todo Brasil.

Se alguém, de fato, quiser, derrotar o bolsonarismo, não pode abrir mão da força política de Lula. Até porque Bolsonaro é um político e só será combatido com a ajuda de um grande político. Com experiência, disposição e coragem para percorrer o país defendendo a democracia. É a liderança brasileira capaz de apresentar uma alternativa generosa e viável também ao ultraliberalismo de Paulo Guedes e o mercado financeiro, que, como vimos, pouco se importa com a democracia dos países, caso consiga impor sua política.

Defender a anulação da condenação fraudulenta de Moro e das ações da República de Curitiba contra o ex-presidente já é um imperativo moral e democrático. Defender Lula Livre e em campo pela democracia e contra Bolsonaro é sinal de inteligência e amor ao país.

Não virá de Lula, necessariamente, a salvação deste país, mas a salvação desse país passa por derrotar Bolsonaro. E não se derrota Bolsonaro com um player como Lula no banco de reservas.

Fonte: Revista Fórum

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