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No aniversário de Lula, país manifesta anseio por democracia

No aniversário de Lula, país manifesta anseio por democracia

Com alegria e irreverência, em todos os estados e também no exterior, brasileiros pedem liberdade do ex-presidente, justiça e respeito à Constituição

Publicado por Redação RBA

 Atos e atividades em todo o país levaram milhares de pessoas às ruas para festejar, neste domingo (27), o aniversário de 74 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Movimentos populares, partidos e apoiadores sem vínculos com entidades da sociedade civil organizada aproveitaram os festejos para protestar contra a prisão política de Lula, bem como exigir sua libertação e o restabelecimento da normalidade democrática no país.

A maior manifestação pela data foi realizada em Curitiba pela Vigília Lula Livre, a poucos metros da sede da Polícia Federal em Curitiba (Paraná), onde o ex-presidente está detido desde abril de 2018. O evento teve a presença da presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffman, do irmão de Lula Frei Chico, da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e foi marcado por diversos atos culturais.

O “parabéns a você” ocorreu em torno de um bolo com mais de 5 metros de extensão e foi cantado por e milhares de participantes de todas as regiões do país que viajaram em caravanas até a capital do Paraná. “O presente que estamos dando a Luiz Inácio Lula da Silva é essa resistência”, declarou Benedita da Silva.

Gleisi fez referência, entre outras, ao legado já deixado pelo ex-presidente, em sua vida toda dedicada à luta pelos direitos dos trabalhadores. “Lula deixa um dos maiores legados de governo ao povo brasileiro e vai deixar um das maiores legados de resistência e coragem ao estar aqui de cabeça erguida e não trocar sua dignidade pela liberdade”, afirmou.

São Paulo

Além de uma mobilização na AVenida Paulista para colher assinaturas pela libertação do ex-presidente, a capital paulista comemorou a data no Armazém do Campo, região central da cidade, onde cerca de mil pessoas almoçaram o Escondidinho Pernambucano, preparado pela chef Carmen Virgínia. O evento foi intercalado com diversas atrações musicais e manifestações políticas. Entre os presentes, os deputados Alexandre Padilha e Nilson Tatto, além do ex-senador e vereador Eduardo Suplicy, todos do PT-SP.

“Em primeiro lugar é um dia de afeto. Estive recentemente com ele e tenho que dizer que ele venceu aquela máquina de depressão. Mas também temos que repensar os próximos passos e esperamos que o STF cumpra seu papel de guardião da Constituição e faça cumprir a Constituição. Que seja reconhecido o direito da presunção de inocência do ex-presidente Lula”, afirmou Padilha

Para Nilton Tatto, “é importante comemorar e também trabalhar pela libertação do presidente Lula. Os trabalhadores querem o Lula de volta. Nós precisamos fazer com que a Justiça pare de fazer política. Todos sabem da ilegalidade do processo que levou o Lula à cadeia, dos problemas da Lava Jato, revelados pela Vaza Jato. Boa parte dos milhões de desempregados do país, é culpa da Lava Jato”, encerrou.A data comemorativa não passou despercebida no estado natal do ex-presidente, onde estão sendo realizadas confraternizações em vários municípios, e os pernambucanos abusaram da criatividade na hora de comemorar.

Fonte: Com reportagem do Brasil de Fato

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

 

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