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Primatas do mundo enfrentam processo de extinção

Cerca de 60% das populações de primatas existentes no mundo estão sofrendo uma redução tão drástica que podem ser extintas no futuro próximo, diz estudo publicado na revista científica Science.

O estudo registra que 75% das populações apresentam declínio, e que 60% das espécies de primatas estão em perigo de extinção.

Exite hoje em torno de 504 espécies de primatas não-humanos no planeta. Esses nossos “parentes” mais próximos do ponto de vista da evolução das espécies, estão concentrados na região biogeográfica neotropical da América Central (primariamente) como também na África, Ásia e Madagascar.

Na classe dos mamíferos, os primatas estão entre os ordens que mais apresentam abundância em número de espécies (somente atrás de rodentia chiroptera). São 504 espécies diferentes, presentes em 90 países, porém dois terços de todas as espécies estão presentes em apenas quatro países: Brasil, Indonésia, Madagascar e Congo.

A ameaça aos primatas ocorre como resultado do efeito antrópico nos seus habitats, incluindo o desenvolvimento agroindustrial, as atividades de desmatamento, pecuária, mineração, e a construção de barragens e rodovias em seus  habitats naturais.

A demanda por cultivos como o da soja, do óleo de palma e do gado tem resultado numa devastação ampla e rápida das florestas onde esses animais vivem, afetando severamente suas populações. Um exemplo disso foi a recente quase-extinção dos orangotangos de Sumatra e Bornéu.

O estudo cita a construção de barragens na Amazônia como uma grave ameaça à existência dos primatas brasileiros. Primatas como esses, habitando florestas degradadas, costumam apresentar deficiências nutritivas e maior exposição às doenças.

Devido a sua relação genética próxima com a raça humana,  o estudo indica que a devastação ambiental dos habitats dos primatas apresenta como consequência um alto risco para a troca de doenças com humanos. As epidemias globais de HIV/AIDS e Ebola são os dois casos mais notáveis de doenças que tiveram sua origem no contato de humanos com primatas doentes.

Para não perder nossos “parentes” o estudo reforça a necessidade de políticas públicas ampliando áreas protegidas, incentivando o agroextrativisimo sustentável, combatendo a caça e captura ilegal de animais selvagens e aumentando práticas de reciclagem de redução de desperdício, para reduzir a demanda por matérias primas, cuja exploração ameaça as florestas neotropicais.

Primatas orangotangoFoto: Flickr marcada para reutilização.

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