Pesquisar
Close this search box.

Carta aberta à sociedade brasiliense

Carta aberta à sociedade brasiliense

O Sindicato dos Bancários de Brasília e o Comando Nacional dos Bancários se anteciparam para viabilizar o pagamento do programa do Auxílio Emergencial. Para isso, negociamos medidas com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Governo do Distrito Federal (GDF), fundamentais para preservar a saúde da população e dos bancários.

Nosso entendimento, em consonância com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), é o de que, para a proteção de todos, mostra-se fundamental a manutenção do isolamento social. Assim, o atendimento dentro das agências deve ser somente para casos indispensáveis. O cuidado, obviamente, vale também para os beneficiários dos programas sociais.

Nesta hora, merecem destaque os trabalhadores da Caixa Econômica Federal, um banco 100% estatal, que mostra com ainda maior força neste momento sua missão social. Eles estão na linha de frente, fazendo o seu trabalho de forma exemplar e dando a sua contribuição para diminuir os impactos sociais da pandemia – inclusive arriscando a própria vida.

Por isso, é preciso deixar claro que as grandes filas estão se formando também por falta de informação da população. Os aborrecimentos não são por acaso: vêm da má vontade com o povo que o presidente Bolsonaro mostra quando:

  • vai ao Superior Tribunal de Justiça contra a decisão que suspendeu a exigência de CPF para a solicitação do auxílio emergencial de R$ 600,00;
  • suspende a antecipação da 2ª parcela;
  • abusa do cargo ao pressionar pelo fim do isolamento social;
  • nega recomendações médicas ao menosprezar os perigos do coronavírus, cujo contágio ainda está crescendo e já matou milhares de brasileiros.

O presidente faz pouco caso da Organização Mundial da Saúde e dos pesquisadores e não segue as recomendações para diminuir o ritmo de contágio no Brasil. Pesquisadores do Imperial College estimam um milhão de mortes no país, caso as medidas necessárias não sejam seguidas. Inicialmente acreditava-se que a doença atingia principalmente pacientes com outros agravantes, as comorbidades, mas há vítimas de todas as idades e classes sociais.

Ao ignorar dados científicos sobre a epidemia, e ao negar apoio às regiões mais vulneráveis em termos de equipamentos médicos, Bolsonaro se torna o coveiro do Brasil e aposta contra os brasileiros.

Pela ação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outras centrais sindicais junto a parlamentares federais, foi aprovado o aumento do auxílio para R$ 600,00 pelo Congresso Nacional – o governo queria pagar apenas R$ 200,00.

Além disso, com os sindicatos na luta, foi garantida a expansão do auxílio a trabalhadores autônomos, microempreendedores individuais (MEI) e muitos outros tipos de trabalhadores informais.

Essas medidas dão suporte às famílias e contribuem para frear a transmissão da Covid-19 e o aumento de casos simultâneos, que sobrecarregam o sistema de saúde. Quanto mais pacientes graves, menos pessoas são atendidas, e recai sobre os médicos a dura decisão sobre quem vive ou quem vai depender da sorte.

Como em vários países, defendemos a implantação de uma renda mínima universal. E defendemos que o dinheiro para financiar as empresas deve ser condicionado à manutenção de empregos e direitos.

A escolha não é entre a economia ou a vida, pois elas podem caminhar juntas.

A realidade que se impõe é preocupante. Diante disso, para amainar esta tragédia anunciada, o Sindicato apresentou proposta legislativa para maior eficiência na liberação dos recursos, mantendo os protocolos de proteção da saúde e da vida.

Um dos pontos da proposta defende, por exemplo, que, para descongestionar o atendimento, o pagamento deveria se estender a outros bancos públicos.

Cobramos também o compromisso do governador Ibaneis pela criação do comitê de crise do setor financeiro, com a participação do Sindicato, a fim de ampliar os locais para a liberação dos recursos.

Nossas propostas ao governo federal, à Fenaban e ao GDF são para divulgar campanhas informativas sobre como obter o benefício e sobre o calendário de pagamentos. Isso reduziria as aglomerações e a presença desnecessária de clientes e usuários nas agências, situação que infelizmente se repete em muitas regiões administrativas do DF e municípios brasileiros.

É forçoso destacar nesse contexto que o pouco esclarecimento nos meios de comunicação e nas redes sociais soma-se ainda à confusão e má intenção nos pronunciamentos do presidente Bolsonaro pela volta à normalidade antes do tempo.

Nosso compromisso é bem servir ao povo, com respeito à vida e à saúde. Faremos o que estiver ao nosso alcance para atender demandas como o atraso intencional da 2ª parcela do Auxílio Emergencial e o cadastro dos 12 milhões de cidadãos que até hoje o governo não resolveu. Mas, acima de tudo, cobraremos a responsabilidade política de quem desrespeita o valor mais sagrado: a vida.

Brasília, 23 de abril de 2020

Sindicato dos Bancários e Bancárias de Brasília

Block

VISTA NOSSA CAMISA
FORTALEÇA NOSSO PROJETO

DOAÇÃO - PIX: contato@xapuri.info

 

 

0 0 votos
Avaliação do artigo
Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Parcerias

Ads2_parceiros_CNTE
Ads2_parceiros_Bancários
Ads2_parceiros_Sertão_Cerratense
Ads2_parceiros_Brasil_Popular
Ads2_parceiros_Entorno_Sul
Ads2_parceiros_Sinpro
Ads2_parceiros_Fenae
Ads2_parceiros_Inst.Altair
Ads2_parceiros_Fetec
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

REVISTA

REVISTA 113
REVISTA 112
REVISTA 111
REVISTA 110
REVISTA 109
REVISTA 108
REVISTA 107
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

CONTATO

logo xapuri

posts recentes