Para que ninguém se esqueça: “Índio vai ter que morrer de malária, é a natureza,” diz Fabélia Oliveira, apresentadora de programa rural.
- “Os compositores do samba mancharam sua história”.
- “O que o conhecimento o tradicional malandro carioca tem para falar do homem do campo, para falar do índio, da floresta, para dizer que está certo ou errado e para dizer que alguém pede socorro?”
- “Eles [os povos indígenas] falam que a floresta está pedindo socorro, mas não abrem mão da tecnologia do dia a dia, eles não abrem mão do veículo que eles andam”.
- “A minha opinião pode chocar muitos brasileiros. Eu sinto muito. Se ele quer preservar a cultura ele não pode ter acesso à tecnologia que nós temos.”
- [Índio] não pode não pode comer de geladeira, tomar banho de chuveiro e tomar remédios químicos. Porque há um controle populacional natural. Ele vai ter que morrer de malária, de tétano, do parto. É a natureza. Se quer lá, ele vai comer, ele vai tratar da medicina do pajé, do cacique, que eles tinham antigamente, aí justifica”.
- “Já passei em aldeias indígenas que tivemos que pagar o maior pedágio, que era cinco vezes superior ao tradicional e com estradas horríveis, e estava lá o índio de óculos de sol, aparelho nos dentes, antena parabólica e caminhonete. Isso não é heroísmo, heroísmo é o produtor que trabalha sol a sol dia a dia”.
- “Ah, mas o Xingu está pedindo socorro, por quê? Alguém foi lá? Alguma coisa contra os índios? Não. Eles (índios) querem preservar a cultura e estão corretos, sou a favor dessa preservação se for o índio original, agora deixar a deixar a mata preservada para comer comida de geladeira não é cultura indígena, não”. Xingu.
Parece fora do eixo? Veja o vídeo:
SAMBA ENREDO DA IMPERATRIZ PARA 2017
“Xingu, o clamor da floresta”
Brilhou… a coroa na luz do luar!
Nos troncos a eternidade… a reza e a magia do pajé!
Na aldeia, com flautas e maracás
Kuarup é festa, louvor em rituais
Na floresta… harmonia, a vida a brotar
Sinfonia de cores e cantos no ar
O paraíso fez aqui o seu lugar
Jardim sagrado o caraíba descobriu
Sangra o coração do meu Brasil
O belo monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios
Tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
Minha cor é vermelha de dor
O meu canto é bravo e forte
Mas é hino de paz e amor
Sou guerreiro imortal derradeiro
Deste chão o senhor verdadeiro
Semente, eu sou a primeira
Da pura alma brasileira
Jamais se curvar, lutar e aprender
Escuta menino, Raoni ensinou
Liberdade é o nosso destino
Memória sagrada, razão de viver
Andar onde ninguém andou
Chegar aonde ninguém chegou
Lembrar a coragem e o amor dos irmãos
E outros heróis guardiões
Aventuras de fé e paixão
O sonho de integrar uma nação
Kararaô… kararaô… o índio luta pela sua terra
Da Imperatriz vem o seu grito de guerra!
Salve o verde do Xingu… a esperança
A semente do amanhã… herança
O clamor da natureza
A nossa voz vai ecoar… preservar!
Foto: Ricardo Stuckert
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