Em Xapuri, terra de Chico Mendes, a única fábrica no mundo a produzir preservativos masculinos com látex nativo, a Natex gera ocupação e renda no coração da floresta.
Ao produzir preservativos masculinos com látex de seringais nativos em Xapuri, no Acre, a Natex valoriza o agroextrativismo, gera ocupação e renda no coração da floresta e promove a saúde pública, especialmente entre a juventude brasileira. Segundo estudos as camisinhas feitos com látex nativo são mais resistentes do que as feitos por latéx de cultivo.
O projeto, desenvolvido pelo governo do Acre, em parceria com o Programa Nacional de Prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST/AIDS – do Ministério da Saúde e com as comunidades extrativistas da região, resgata uma ideia do líder sindicalista e ambientalista Chico Mendes que, na década de 1980, teria defendido a criação da fábrica como forma de gerar renda para manter as famílias vivendo e trabalhando na própria floresta.
Inaugurada em abril de 2008 pelo então governador Binho Marques, a Natex é um empreendimento sem fins lucrativos, voltado para objetivos tecnológicos, sociais, econômicos ambientais e de saúde pública, financiado pelo governo do estado do Acre e pelo governo federal.
- Xapuri (Acre) A Natex é resultado do projeto do governo do Acre de associar o uso sustentável da floresta amazônica às tecnologias de ponta para produção de preservativos masculinos, e está em funcionamento desde 2008, na cidade de Xapuri. É um departamento da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), criada com recursos de um convênio entre governo do Estado e Ministério da Saúde e capacidade para produzir cerca de 100 milhões de camisinhas por ano. Toda a produção é absorvida pelo Ministério da Saúde, que destina o material aos programas de combate às DSTs. Atualmente, cerca de 700 famílias da Reserva Chico Mendes estão cadastradas para vender látex e pelo menos 500 permanecem em atividade, conta o presidente da Funtac, Luiz Mesquita. Hoje existem cerca de 2.500 famílias na reserva. As famílias que colhem o látex podem levar a um dos 16 pontos de coleta cadastrados pela fábrica para vender o produto. Quatorze desses pontos estão dentro da própria reserva, facilitando a vida dos produtores
- Xapuri (Acre) A Natex é resultado do projeto do governo do Acre de associar o uso sustentável da floresta amazônica às tecnologias de ponta para produção de preservativos masculinos, e está em funcionamento desde 2008, na cidade de Xapuri. É um departamento da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), criada com recursos de um convênio entre governo do Estado e Ministério da Saúde e capacidade para produzir cerca de 100 milhões de camisinhas por ano. Toda a produção é absorvida pelo Ministério da Saúde, que destina o material aos programas de combate às DSTs. Atualmente, cerca de 700 famílias da Reserva Chico Mendes estão cadastradas para vender látex e pelo menos 500 permanecem em atividade, conta o presidente da Funtac, Luiz Mesquita. Hoje existem cerca de 2.500 famílias na reserva. As famílias que colhem o látex podem levar a um dos 16 pontos de coleta cadastrados pela fábrica para vender o produto. Quatorze desses pontos estão dentro da própria reserva, facilitando a vida dos produtores
Coordenada pela Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), a fábrica produz cerca de 200 milhões de camisinhas por ano e gera cerca de 200 empregos (97% para seringueiros/as e membros da comunidade local), a um salário médio de R$ 1,5 mil mensais.
“Ao pagar o preço justo pela matéria-prima – o empreendimento consome cerca de 250 toneladas de borracha seca por ano –, a Natex melhorou a qualidade de vida na floresta, especialmente entre as cerca de 700 famílias dos assentamentos agroextrativistas da Reserva Chico Mendes, composta por 28 comunidades moradoras em um raio de 150 km dentro da própria Reserva”, diz Nilson Mendes, líder seringueiro da região.
Depois de desenvolver as pesquisas e a tecnologia para adequar o látex nativo dos seringais acreanos à produção de camisinhas masculinas, a Funtac submeteu o material a testes rigorosos até chegar a um produto muito resistente e de excelente qualidade, que é distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil.
Segundo o deputado federal acreano Raimundo Angelim, a Natex se prepara para aumentar a produção de camisinhas para atender mais amplamente ao mercado brasileiro – somente o Ministério da Saúde distribui cerca de 500 milhões de preservativos masculinos por ano –, e também para produzir luvas cirúrgicas e, com isso, gerar mais ocupação e renda no coração da floresta.
Ainda segundo Angelim, o governo do Acre, por determinação do governador Tião Viana, e o Ministério da Saúde encontram-se em fase final de organização do convênio que permitirá a duplicação da produção da Natex. Com esse convênio, a fábrica acreana, que hoje produz cerca de 100 milhões de unidades de preservativos por ano, passará a produzir cerca de 40% da demanda do governo federal.
Fotos: agencia.ac.gov.br
[…] seus primeiros anos de operação, a companhia estava otimista. O objetivo era dobrar a produção da fábrica e ingressar no segmento de luvas […]