Quilombo Kalunga, símbolo de resistência
Por Bia Kalunga
Aqui foram reconstruídas novas vidas
Que hoje é nossa existência.
Lutamos pela terra e pela conjuntura
Do nosso Território
Aqui há vidas, há um povo de saber único
Que quer viver e reviver!
Com dignidade ter nossos direitos
Que nos foram roubados.
A nossa vida foi de escravidão,
Muitos castigos e maltratação.
Fomos capturados, acorrentados,
Nossos corpos mutilados sem poder dizer não
No poder dos senhores concentraram nosso chão.
Chão de produzir, chão de florir,
Aqui construímos nossas vidas
Em um Quilombo a resistir
Kalunga amado, lugar sagrado,
Único e gostoso de viver
Nunca deixará de existir
O amor eterno e fiel nasce aqui!
Meu Kalunga, meu lugar natal,
Vou te amar até o meu final.
De Norte a Sul, de Leste a Oeste
Meu Quilombo Kalunga
Está no Centro-Oeste.
De um mundo capitalista
De uma nação formada sem pensar
Hoje é Brasil
E o Quilombo Kalunga faz parte deste lugar
Viva a África! Viva o Brasil!
Viva o Quilombo Kalunga
Com sua cor anil!
Este belo poema nos foi enviado por Bia Kalunga, líder quilombola, professora, poeta, membro da ALANEG – Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano. Bia é neta e “herdeira política” da matriarca do Quilombo do Riachão e pioneira na defesa dos direitos e da identidade quilombola do Território Kalunga, Procópia Rosa. A foto de Bia Kalunga é da fotógrafa Iasmin Reis.
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