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Condenada por Racismo, Record terá de transmitir programas sobre religiões de matrizes africanas

Condenada por Racismo, Record terá de transmitir programas sobre religiões de matrizes africanas

Por Hypeness

A TV Record e a Record News, controladas por Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, vão ter que transmitir quatro programas sobre religiões de matriz africana.

A decisão chega 15 anos depois de ação do Ministério Público, Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-brasileira (Itecab) e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade (Ceert). O acordo foi homologado pelo Tribunal Federal da 3ª Região (TRF3) e prevê direito de resposta de 20 minutos cada em quatro programas de televisão.

O MP salientou que os quadros apresentam elementos de “intolerância religiosa em pleno espaço público televisivo contra as religiões afro-brasileiras”.

O processo foi movido por causa da veiculação de programas ofendendo religiões de matriz africana em quadros como “Mistérios”, “Sessão de Descarrego” “Orixás, Cablocos e Guias: Deuses ou Demônios?”.

 

A Record tentou recorrer, mas já havia sido condenada pelo TRF3. O acordo foi firmado antes do processo chegar em Brasília. Ficou estabelecida a veiculação de quatro (antes eram oito) programas, todos na Record News (TV Record fica de fora). O grupo de comunicação terá que pagar indenização de R$ 600 mil. R$ 330 mil ao Itecab e R$ 270 mil à Ceert.

A produção do conteúdo fica a cargo das duas entidades vítimas das ofensas, mas quem paga é a Record. Os programas devem ser exibidos no segundo semestre.

A liberdade religiosa está na Constituição

Os números de casos de intolerância religiosa contra expressões de matriz africana cresceram assustadoramente no Brasil na última década. No primeiro semestre de 2018, o país registrou 200 denúncias de racismo religioso, segundo levantamento do Disque 100.

O documentário Nosso Sagrado, que você pode saber mais aqui, protesta contra a omissão do Estado.

“De jeito algum. Defendemos o termo ‘racismo religioso’ porque acreditamos que justamente as religiões de matriz africana ainda sofrem intolerância e silenciamentos. Isso pode ser comprovado por conta dos números de violência com essa religião. No ano passado foram mais de 40 terreiros atacados por traficantes e fundamentalistas só na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Cerca de 70% dos boletins de ocorrências registrados como intolerância religiosa são de praticantes de religiões afro-brasileiras”, ressalta a produtora Viviane Tavares.

Fonte:  Hypeness

 


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